7 de set. de 2013

LEÔNIDAS DA SILVA (O Diamante Negro) - Centenário do nascimento


Local:  Cemitério da Paz, São Paulo.

PERSONAGEM
Leônidas da Silva, o Diamante Negro, (Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1913 — Cotia, 24 de janeiro de 2004) foi um futebolista brasileiro, considerado um dos mais importantes da primeira metade do século XX. Tetracampeão carioca pelo Botafogo, em 1935, primeiro campeonato oficial, no regime profissional, e pentacampeão paulista pelo São Paulo. Leônidas recebeu o crédito por ter inventado o célebre "gol de bicicleta." Ele mesmo se autoproclamava o inventor da plástica jogada.
Morreu aos 90 anos de idade.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
 Nascido em São Cristóvão, era filho de Dona Maria e do Sr. Manoel Nunes da Silva e na infância era torcedor do Fluminense. Conhecido também como "Homem-Borracha", Leônidas da Silva começou sua carreira em 1923 no infantil do São Cristóvão. Em 1929 passou a jogar pelo Sírio Libanês F.C. Em 1931 passou a atuar pelo Bonsucesso onde ficou até o final de 1932, tendo sido convocado diversas vezes para a Seleção Carioca, onde conquistou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais em 1931. No Bonsucesso, Leônidas também jogou basquete, tendo conquistado campeonato desta modalidade esportiva. Em 1933 foi jogar no Peñarol, do Uruguai, onde ajudou o clube a conquistar o vice-campeonato. No ano seguinte retornou ao Brasil para jogar pelo Vasco da Gama, o qual ajudou a ganhar o campeonato carioca de 1934. A sua primeira competição importante com a camisa da seleção foi a Copa do Mundo, em 1934, na Itália. O Brasil fez uma péssima campanha, perdendo logo na estréia e sendo eliminado, mas Leônidas marcou o único gol do Brasil na competição. Em 1935 mudou novamente de clube, indo atuar no Botafogo, onde conquistou o bicampeonato carioca, e em 1939, pelo Flamengo chegou ao tri-campeonato estadual, por 3 equipes diferentes. No Flamengo, foi um dos primeiros jogadores negros a jogar pelo clube. Em 1938, foi artilheiro da Copa do Mundo com oito gols, incluindo três marcados contra a Polônia. O Brasil conseguiu a sua melhor participação em mundiais até então, ficando com a terceira colocação. Posteriormente, Lêonidas foi escolhido o melhor jogador do mundial. Em 1942 transferiu-se para a capital paulista e atuou no São Paulo. Foi cinco vezes Campeão Paulista, tornando-se um dos maiores ídolos da história do Tricolor, sendo homenageado no museu do clube com uma réplica de uma bicicleta que ele executou. Durante a década de 1940, devido a Segunda Guerra Mundial, os mundiais que seriam realizados em 1942 e 1946 foram cancelados, prejudicando enormemente jogadores como Leônidas, que não tiveram a oportunidade de se tornar conhecidos e reconhecidos mundialmente.

APÓS A CARREIRA NO FUTEBOL
 Depois de abandonar os gramados, em 1951, ainda continuou ligado ao esporte. Foi dirigente do São Paulo, logo depois virou comentarista esportivo, sendo considerado por muitos um comentarista direto, duro e polêmico. Chegou a ganhar sete Troféus Roquette Pinto. Sua carreira de radialista teve que ser interrompida em 1974 devido ao Mal de Alzheimer. Durante trinta anos ele viveu em uma casa para tratamento de idosos em São Paulo até falecer, A sua esposa e fiel companheira, Albertina Santos, foi quem cuidou dele até seus últimos dias. Todos os dias ela visitava o marido e passava o tempo com ele, cuidando do ex-craque. O tratamento foi mantido pelo São Paulo, último clube que Leônidas defendeu como jogador.  Graças ao trabalho de pessoas esforçadas o legado do "Diamante Negro" jamais será esquecido, mesmo o Brasil sendo considerado, por alguns, um país que não dá a merecida atenção aos ídolos do passado. Foi lançada uma biografia do atleta e sua vida vai ser transformada em filme. Tudo para que os amantes do futebol não esqueçam desse que foi um dos maiores jogadores de todos os tempos. Alguns acham que isso ainda é pouco, já que Leônidas foi um dos maiores ídolos do Brasil, até o aparecimento de Garrincha e Pelé, respectivamente no início e no final dos anos 50. Alguns consideram Leônidas melhor que Pelé, porém é algo que ficará incerto, visto que os jogos ainda não eram televisionados na época em que Leônidas atuava como jogador. A "bicicleta" Leônidas recebeu o crédito por ter inventado.
Leônidas da Silva e Arthur Friedenreich
A BICICLETA
Ele mesmo se autoproclamava o inventor da plástica jogada. Alguns afirmam ter sido criada por um outro jogador brasileiro, Petronilho de Brito, e que Leônidas apenas a teria aperfeiçoado. A primeira vez que Leônidas executou essa jogada foi em 24 de abril de 1932, em uma partida entre Bonsucesso e Carioca, com vitória do Bonsucesso por 5 a 2. Já pelo Flamengo, realizou a jogada somente uma vez, em 1939 contra o Independiente, da Argentina, que ficou muito famosa na época. Pelo São Paulo ele realizou a jogada em duas oportunidades, a primeira em 14 de junho de 1942, contra o Palestra Itália, na derrota por 2 a 1. E a mais famosa de todas, em 13 de novembro de 1948, contra o Juventus, na goleada por 8 a 0. A jogada ficou imortalizada pela mais famosa foto do jogador. Na Copa do Mundo de 1938 ele também realizou a jogada, para espanto dos torcedores, e o gol foi anulado pelo juiz que desconhecia a técnica.
DIAMANTE NEGRO
Diamante Negro O apelido de "Diamante Negro" foi dado pelo jornalista francês Raymond Thourmagem, da revista Paris Match, maravilhado pela habilidade do brasileiro. Já o apelido de "Homem-Borracha", dado pelo mesmo jornalista, foi devido a sua elasticidade. Anos mais tarde a empresa Lacta homenageou-o, criando o chocolate "Diamante Negro", vendido até hoje. A empresa só pagou dois contos de réis à época (o equivalente a R$ 112 mil, aproximadamente), sendo que Leônidas nunca mais cobrou nada pelo uso da marca.

CENTENÁRIO DO NASCIMENTO
 Centenário Na semana em que se completaria 100 anos de seu nascimento, Leônidas foi homenageado por duas equipes pelas quais jogou. Pela Série A o Flamengo, diante do Vitória, utilizou uma camisa com a Leônidas100 às costas. Pela mesma competição o São Paulo, contra o Criciúma, concedeu a viúva de Leônidas uma camisa especial e bandeja de prata sobre a data. Foi também lembrado durante o dia 6 de setembro com um Google Doodle, do sítio de buscas Google.
MORTE
 Faleceu em 24 de janeiro de 2004, por causa de complicações relacionadas à doença ( Mal de Alzheimer)
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales

6 de set. de 2013

LOCAIS HISTÓRICOS DO 7 DE SETEMBRO EM SÃO PAULO

São Paulo

Vias da cidade 'presenciaram' chegada de Dom Pedro I em 1822.
Na época, município tinha poucas semelhanças com a atual metrópole.
Paulo Toledo Piza

Veja galeria de fotos com os pontos de 7 de setembro ontem e hoje

Foto: Reprodução/Museu Paulista e Paulo Toledo Piza/G1

'Colina do Ipiranga', de Miguelzinho Dutra (esq), e o 'Monumento à Independência', suposto local onde ocorreu o grito (Foto: Reprodução/Museu Paulista e Paulo Toledo Piza/G1)

Que o grito de independência foi dado às margens do riacho do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, todos sabem. O que poucos paulistanos têm ciência é de que diversas vias na capital paulista “presenciaram” a passagem do príncipe regente Dom Pedro I nos idos de agosto e setembro de 1822.
Veja galeria de fotos com os pontos de 7 de setembro ontem e hoje
Naquela época, São Paulo era uma pequena cidade com pouco mais de 6 mil habitantes e bem diferente da atual metrópole de 11 milhões de moradores. O perímetro urbano da capital era delimitado pelo Rio Tamanduateí (onde atualmente está localizado o Parque Dom Pedro), o Vale do Anhangabaú e as atuais regiões da Rua 25 de Março e do bairro da Liberdade, de acordo com relatos que estão no Museu Paulista.




Nessa pequena cidade, Dom Pedro I chegou no dia 25 de agosto de 1822, após cobrir, em 12 dias de viagem, uma distância de 634 km desde o Rio de Janeiro (veja mapa acima). O príncipe e sua comitiva atravessaram uma pequena ponte sobre o Rio Tamanduateí e caminharam por uma região arborizada onde atualmente está localizado o Parque Dom Pedro.

Foto: Reprodução/Museu Paulista e Paulo Toledo Piza/G1



De lá, seguiram por uma pequena via onde hoje fica a Avenida Rangel Pestana até o prédio que servia como sede do governo de São Paulo, o Colégio dos Jesuítas. O edifício, que foi confiscado pelo governo no século XVIII, abrigou o príncipe durante os 11 dias em que ficou na cidade, a trabalho. No dia 5 de setembro, ele decidiu ir a Santos, na Baixada Santista.
“Na manhã, enveredou o príncipe Dom Pedro com sua guarda de honra (...) pela tortuosa Rua do Lavapés, tomando assim o velho Caminho do Mar, dos mais antigos da terra brasileira”, diz o historiador Eduardo Canabrava Barreiros, em artigo intitulado “Itinerário da Independência”. A rua, que mantém hoje a nomenclatura original, era usada como porta de saída da capital ao litoral.

Foto: Colina do Ipiranga”, de Miguelzinho Dutra



Após dois dias, na madrugada de 7 de setembro, o príncipe subiu a Serra do Mar em direção a São Paulo. Ao chegar às margens do Riacho do Ipiranga, Dom Pedro encontrou um mensageiro que lhe trazia uma carta . O documento, assinado por José Bonifácio, patriarca da Independência, e pela princesa Maria Leopoldina, informava que o príncipe havia perdido a condição de regente do Brasil.

Relatos históricos indicam que Dom Pedro, após ler a carta, refletiu por alguns instantes e, em seguida, afirmou: “É tempo... Independência ou morte! Estamos separados de Portugal.”

Foto: Reprodução/Museu Paulista e Paulo Toledo Piza/G1

'Dom Pedro I', de Benedito Calixto (esq); no destaque, local onde hoje fica o Parque Dom Pedro (Foto: Reprodução/Museu Paulista e Paulo Toledo Piza/G1)

O local exato onde ocorreu o “grito do Ipiranga”, porém, é incerto. “Precisaria de um estudo minucioso para descobrir o real local”, disse a historiadora Miyoko Makino, do Museu Paulista. “Mas seria nas imediações de onde está o ‘Monumento à Independência’”, completou.

Do Ipiranga, que não fazia parte do perímetro urbano paulistano, o príncipe seguiu para a sede do governo paulista, onde festejou o fim da subserviência do Brasil perante Portugal. “Lá, criou a música do Hino à Independência”, lembrou Miyoko.

A celebração durou três dias. No dia 10 de setembro, retomou viagem ao Rio de Janeiro, onde chegou após cinco dias de cavalgada. Na capital fluminense, foi nomeado imperador do Brasil. Mas isso é história para outra ocasião.

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