No chão. Ou, com azar, em alguém por Rafael Duarte
Cercado pela plebe rude, o policial saca a arma, dá um, dois tiros pra cima, todos se afastam. A cena é comum em filmes, onde, salvo o set de O Corvo, só o que sai das armas é barulho. Mas e na vida real, em que uma bala de verdade é disparada? "Um tiro que cai do céu pode matar", diz a perita criminal Eliane Baruch, que já viu alguns casos em seus 14 anos de profissão. "Calculando o trajeto que o projétil percorreu no corpo de uma vítima, analisando sua posição na hora do impacto, a gente descobre que a morte veio de cima", explica. Muitos fatores podem influenciar (tipo de cano, de bala, condições atmosféricas), mas, para efeitos didáticos, um hipotético tiro de um hipotético três-oitão a 90º alcançaria 742 metros de altura, quando começaria a despencar em queda livre, atingindo a velocidade máxima de 278 km/h. É muita coisa: a 180 km/h, a bala já é capaz de perfurar o corpo humano. Guarda-chuva, blindado, alguém?
- A bala sobe à velocidade de 820 km/h
- Chega a 742 metros de altura
- Na queda, a bala de 38 atinge 278 km/h
- 180 km/h bastam para a bala perfurar o nosso corpo
- 10 gramas é quanto pesa uma bala do calibre 38
- 25 segundos é o tempo que tudo isso dura
Fontes Eliane Baruch, perita criminal da Polícia Científica de São Paulo; Romero Tavares, professor de física da Universidade Federal da Paraíba; Sérgio Morelhão, professor de física da Universidade de São Paulo.
Fonte:
http://super.abril.com.br/cotidiano/onde-vao-parar-tiros-alto-543368.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super
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