31 de jan. de 2010

OS COVERS QUE SUPERARAM SUAS VERSÕES ORIGINAIS


Os 10 covers que superaram suas versões originais

terça-feira, 26 de janeiro de 2010 | 8:13
10. I Shot the Sheriff, Eric Clapton (original de Bob Marley)
I Shot the Sheriff foi composta e gravada originalmente por Bob Marley em 1973, mas a versão de Eric Clapton foi a maior responsável pelo sucesso da canção. A exemplo de outros músicos, Clapton gravou a música apenas um ano depois de Marley lançar o álbum Burnin’, em que I Shot the Sheriff ocupa a terceira faixa. O cover de Clapton foi inclusive apontado como uma das razões para o sucesso internacional de Marley e do reggae - a partir da performance do guitarrista, o mundo começou a prestar atenção no astro jamaicano.
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36 comentários em “Os 10 covers que superaram suas versões originais

29 de jan. de 2010

AS 10 PERGUNTAS QUE "LOST" AINDA TERÁ DE RESPONDER





2. Como o inimigo de Jacob adquiriu a forma de Locke?
Quando todos já haviam engolido o fato de Locke ter voltado à vida, eis que a série sugere que se trata, na verdade, do inimigo de Jacob disfarçado. Não será mais necessário, portanto, responder a pergunta que já estava engatilhada: “Por que diabos algumas pessoas ressuscitam na ilha?” Mas se engana o pobre fã de Lost que acha que isso significa uma pergunta a menos. Resta saber como se deu essa transformação.
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Sarcófago maia é encontrado no México




Itens encontrados no sarcófago (Foto: AFP)

Um sarcófago de pedra de mais de 1.000 anos de idade, que pode jogar luz sobre os motivos do colapso da cultura Maia, foi descoberto no sítio arqueológico de Toniná, no estado mexicano de Chiapas, segundo o arqueólogo Juan Yadeum, que coordena os trabalhos na área.
A tumba, localizada em novembro por trabalhadores do Instituto Nacional de Antropologia e História, que realizavam escavações em Toniná, pode pertencer a um período entre 840 e 900 d.C., indicou Yadeum.
"Trata-se de um sarcófago de pedra que mede dois metros de comprimento por 70 centímetros de largura, com 60 centímetros de profundidade" e uma lápide com as mesmas dimensões, descreveu o arqueólogo.
A descoberta deve revelar novos elementos acerca de quem "foram os causadores do declínio (da civilização Maia), se foi gente local influenciada por um grupo do Altiplano, ou pessoas vindas desta parte da Mesoamérica ou de Tabasco", estado vizinho de Chiapas, explicou o especialista.
A civilização Maia, que ocupou a região entre 2000 a.C. até seu desaparecimento, em 1546, meio século depois da chegada dos conquistadores espanhóis, desenvolveu um avançado calendário, além de grandes cidades (as maiores de seu tempo no mundo) e uma organização política imperial.
Há várias teorias sobre seu ocaso, referentes a um enfraquecimento devido a lutas internas, guerras e rebeliões, assim como um possível abuso dos recursos naturais que debilitou o ecossistema e provocou longas secas e escassez de alimentos.
Este tipo de sarcófago "é único no México antigo, e em certo sentido é parecido com o da 'Rainha Vermelha', descoberto em Palenque em 1994, tanto por seu tamanho como por carecer de inscrições", indicou, por sua vez, o instituto de antropologia, em um comunicado.
No interior da tumba, que entre os anos 1490 e 1495 foi alterada por indígenas tzoziles, foi encontrada um vaso, um crânio deformado e fraturado em vários pontos, e ossos longos dispostos em forma de cruz.
Os restos mortais podem pertencer a uma mulher ou uma criança da alta hierarquia, uma vez que os globos oculares são menores, explicou Yadeum. No entanto, isso precisará ser definido com estudos de antropologia física.
(Com agência France-Presse)

27 de jan. de 2010

O VENENO DA MULHER BRASILEIRA: Joseane




Nome: Joseane Procasco Guntzel de Oliveira
Data de nascimento: 10/04/1981

Joseane Por Pedro Garrido

Signo: Áries
Apelido: Jose e Bocão. O segundo só para os mais íntimos
O que mais gosta em seu corpo: Pernas e boca
O que não gosta em seu corpo: Nada, estou satisfeita
O que mais gosta em um homem: Personalidade
O que não tolera em um homem: Falta de caráter
Homem bonito: Meu namorado (ela namora há três anos o lutador de jiu jitsu Márcio Gardenal)
Mulher bonita: Alessandra Ambrósio
Uma dica para te seduzir: Um olhar forte
Lugar para fazer amor: Praia
Perfume: Midnight Blue, da Britney Spears, e Hypnotic Poison, da Dior
Som: Adoro eletrônico, mas gosto de tudo, menos sertanejo e forró
Filme: 'Diário de uma Paixão'
Prato predileto: Churrasco
Não vivo sem: Carne
Tenho sempre na blosa: Gloss
Uma frase: 'Não desista, não pare de crer. Os sonhos de Deus jamais vão morrer'

26 de jan. de 2010

Brasil também vai vacinar crianças e adultos saudáveis além de grupos de risco



A campanha será dividida em quatro etapas, simultâneas em todo o país. Na primeira etapa, entre os dias 8 e 19 de março, serão vacinados todos os trabalhadores de saúde dos setores público e privado e toda a população indígena; na segunda etapa, entre os dias 22 de março e 2 de abril, será dada a primeira meia-dose de vacinas para as crianças, e serão vacinadas grávidas em qualquer fase da gestação e a população com doenças crônicas, como obesidade grau 3, doenças respiratórias, cardíacas, hepáticas, renais e indivíduos imuno-deprimidos, execeto idosos; na terceira etapa, entre os dias 5 e 23 de abril, será a vez dos adultos saudáveis com idade entre 20 e 29 anos e grávidas que não tenham sido vacinadas na segunda etapa; na quarta etapa, entre os dias 24 de abril e 7 de maio, serão vacinados pessoas com mais de 60 anos que tenham doenças crônicas e também grávidas. Os idosos com doenças crônicas serão vacinados durante a campanha de vacinação da gripe comum.
No total, o governo espera em 2010 vacinar 62 milhões de pessoas contra a gripe A(H1N1), além de vacinar 19 milhões de idosos contra a gripe sazonal. "Nenhum país está propondo vacinas toda a população", afirmou Temporão. "Há um critério de prioridade, que é um critério de vulnerabilidade, por trás desse critério." Para o ministro, não faz sentido vacinar uma faixa da população que não tenha sido fortemente atingida pela primeira onda do vírus da gripe suína. "Em vez de falar de quem ficou de fora, nós temos a garantia de que todos dos grupos mais vulneráveis estão dentro", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna. Segundo informações do ministério da Saúde, o Brasil possuiu 83 milhões de doses da vacina, que custaram cerca de 1 bilhão de reais.

Outras ações do ministério da Saúde incluem a ampliar a rede de unidades de diagnóstico de sete para 14 e novas aquisições de medicamentos. Segundo Temporão, o Brasil comprou mais 6,4 milhões de doses do antiviral Tamivir, 3 milhões da versão infantil do medicamento, 200 mil doses de Zanamivir, para casos de resistência ao Tamivir, 2,1 milhões de Tamivir encapsulados para a rede de labaoratórios públicos, e quatro tronelados de matéria-prima, suficiente para a produção de 4 milhões de tratamentos. Somados aos medica

24 de jan. de 2010

ORATÓRIO DE ANCHIETA (Relíquias)




ORATÓRIO DE ANCHIETA
São chamadas relíquias de Anchieta, parte de um fêmur e um baú com ossos e um manto largamente utilizado  por ele em suas incessantes jornadas catequéticas. Com a posse dessas relíquias, o fêmur e o manto, foi criado o “ Oratório de Anchieta”, anexo ao Pateo do Collegio , ficando exposto à  visitação pública.  Ainda nesse local encontra-se uma cópia da certidão de batismo de Anchieta e uma imagem de Nossa Senhora da Candelária, padroeira das Ilhas Canárias, local de seu nascimento.

Vista do oratório

Detalhe do oratório
HISTÓRIA DAS RELÍQUIAS
FÊMUR
Em 1609, doze anos após a morte de Anchieta, seus restos mortais foram exumados da Igreja de Santiago, em Vitória do Espírito Santo e transladados para a Catedral de Salvador na Bahia. Por ordem do Superior Geral da Companhia de Jesus, o fêmur foi transferido em 1610 para Roma onde permaneceu durante três séculos e meio. Após a instituição do "Dia de Anchieta", em 1965, a ser comemorado em todo o território nacional em 9 de junho, data do seu falecimento, foi providenciada a restituição da relíquia ao Brasil.

Certidão de batismo (esquerda) e fêmur (direita)


Detalhe do fêmur
MANTO
Em 1760, foi enviado para Portugal um baú de jacarandá contendo ossos humanos e um manto de tecido castanho claro que teriam sido do Beato José de Anchieta. Em 1964, o baú foi encontrado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, fato amplamente divulgado e discutido na imprensa portuguesa da época. Solicitado a Portugal desde 1971, o Governo de São Paulo conseguiu finalmente o retorno do baú com os ossos e o manto no final da década de 80.

Manto
Fonte:
pt.wikipedia.org
itanhaemvisual.com.br
Formatação e pesquisa:HRubiales

PATEO DO COLLEGIO: 456 anos da fundação de São Paulo


  
(PASSE O CURSOR SOBRE A FOTO PARA VER O ANO (Não clique))

PATEO DO COLLEGIO (Grafia original)
1554
A primeira habitação construída pelos jesuítas em 1554 e concluída no final de 1556. Era uma cabana construída pelos índios, de pau a pique, isto é, uma armação de paus e cipós, preenchidas com barro socado . Conforme descrição do próprio Anchieta, a mesma media 14 passos craveiros de comprimento por 10 de largura, (passo craveiro era uma medida linear portuguesa). Essa casa serviu de base à Igreja e Colégio durante mais de um ano, a partir de 1554. Localizada no alto da colina de Inhapuambuçú (morro que se vê de longe), talvez por princípios doutrinários de que a igreja tem que ficar no alto ou por ser um ponto estratégico como defesa.


1566
Nesse ano aconteceu a primeira ampliação e a construção original recebeu oito cubículos para servir de residência aos jesuítas. Era o segundo colégio.
1585
Em 1585 foi construído o terceiro colégio.
1640 a 1653
Em 1640 os jesuítas foram expulsos devido a disputa entre colonos e índios. Só voltaram em 1653, período este que nada foi feito, só encontram ruínas. Um novo conjunto do Colégio foi construído pelos jesuítas, agora de taipa de pilão, melhor do que o pau a pique. A taipa utilizada era feita de barro, terra úmida, folhas, ervas e até sangue de boi e estrume, que eram misturados e socados num pilão. Depois todo esse material era colocado em duas pranchas verticais para que a mistura secasse.

Parede de taipa original
1745
Nesse ano, o colégio teve nova ampliação com uma ala perpendicular do lado direito do edifício principal.
1759
Esse é o ano fatal para os jesuítas. Foram expulsos das colônias de Portugal, agora por decreto do Marquês de Pombal. Os jesuítas só voltariam ao Brasil para recobrar seus direitos de espaço, em 1954, na comemoração do 4º centenário da fundação de S.Paulo, isto é, depois de 195 anos.
1815 a 1817
Nesse meio tempo, o governo se apropriou das terras da Companhia de Jesus e tudo é descaracterizado transformando-se em Palácio dos Governadores entre 1765 e 1908.
Entre 1815 e 1877 nele funcionaram também a Secretaria do Governo e a Assembléia Provincial. Na ala perpendicular estavam instalados o Correio Geral e as repartições fiscais da província de São Paulo. Nessa data foi feita a urbanização do Páteo.
1890
Em 1890 desabou a cimalha do templo de Anchieta e ele foi demolido em 1896, aumentando o espaço publico, que foi todo aproveitado para aumento das dependências do palácio. Antes de desabar tinha sido palco da célebre missa dos domingos ao meio dia, missa chique, freqüentada pela elite da cidade.
Ao lado do palácio passava a linha de bondes á tração animal, da Companhia Viação Paulista, que fazia o itinerário Carmo - Estação da Luz e que foi inaugurada a dois de outubro de 1872.

Sem a igreja que havia desabado
FINAL DO SÉCULO XIX
No final do século XIX, durante o governo de Florêncio de Abreu, o conjunto inteiramente remodelado assumiu feições neoclássicas condignas de sua categoria de sede do executivo. O largo na frente do colégio foi dotado de primorosos jardins e uma fonte. Carvalhos, caramanchões, vendedores de amor perfeito e violeta davam o toque colorido e romântico do lugar. Cantos de pássaros e ruídos urbanos dos bondes e das vozes davam o tom de espaço importante da cidade.
O espaço era franqueado ao público aos domingos que era atraído pelos saudosos concertos (retretas) das bandas de música do Corpo de Bombeiros e da Polícia permanente.
O coreto, bastante amplo e aberto em concha emergia no meio das árvores frondosas.
Pouco antes da entrada do jardim, no ângulo formado pelo largo do Tesouro e o início da ladeira, um artístico chafariz completava o conjunto, amenizando com sua escadaria o pronunciado declive local.
Foi palco de manifestações cívicas, e de concertos musicais.
1912
Em 1912 a residência oficial do governo e a sede do governo foram transferidos para o Palácio dos Campos Elíseos e o prédio ocupado pela Secretaria da Educação. Em 1914 foi feita a reforma da torre e acréscimo da ala lateral.
Lugar nobre de São Paulo, em 1925 ganha para sua maior beleza o monumento à fundação de São Paulo. Obra do italiano Amadeu Zanni em granito e bronze. Consiste em uma coluna encimada pela figura de uma mulher de braços erguidos, simbolizando a glória. No pedestal, baixos-relevos com alegorias à catequese, à primeira missa, à defesa da cidade pelo cacique Tibiriçá e ao encontro dos padres jesuítas com os índios tamoios.
A inscrição diz “Glória imortal aos fundadores de São Paulo”.
Região importante para a administração da cidade, o Largo do Palácio, como era então chamado transformou-se em verdadeiro centro cívico. Aí se achavam lado a lado vários edifícios governamentais. A antiga Secretaria da Fazenda (1886-1891) e a antiga secretaria da Agricultura (1891-1896) remontam a essa época. Ambas de autoria de Ramos de Azevedo “o arquiteto oficial da cidade”,
1953
Demolido o palácio em 1953 permitiu que o espaço fosse devolvido logo no ano seguinte para a Companhia de Jesus que então reconstruiu colégio e igreja, como monumento histórico e o “Páteo do Collégio” readquiriu sua feição primitiva em 1979.
 1979
Em 1979, nos 425 anos da Fundação de São Paulo, o Páteo já tinha sua verdadeira face.
Hoje no páteo há a igreja, o Museu de Anchieta, mas contrabalançando o histórico há as modernidades de um café simpático, uma praça de frente muito bem cuidada com um sino que badala a cada espaço de tempo, uma “praça” no lado de trás que, como alguém me disse, funciona como um oásis neste centro confuso que é hoje o antigo berço de São Paulo.

Atualmente

Fontes
http://vovoneuza.blogspot.com/2009/06/historia-do-pateo-do-collegio.html
pt.wikipedia.org
Formatação e pesquisa:HRubiales

18 de jan. de 2010

A CULTURA BRASILEIRA


A Cultura Brasileira

O mundo caminha aceleradamente para uma nova gênese. Estamos verificando que as nações e os povos não mais são conquistados pelas guerras, como acontecia na Antigüidade. Não é mais a força militar que determina o poderio de um povo e as suas conquistas. Os impérios também não são mais formados pelo poderio econômico. Com a globalização da economia, com as transnacionais e com a força dos órgãos internacionais, cada vez mais o capital não é fator determinante do poder de um povo sobre outro, de uma nação sobre outra ou de um grupo sobre o outro.
Cada vez mais o homem busca o conhecimento. Cada vez mais a cultura é reconhecida como o tesouro maior de um povo e de uma civilização. Ela é a conquista maior que temos, é o legado que deixamos para as gerações seguintes.
A sobrevivência de uma nação está diretamente ligada à força de sua cultura. As fronteiras de um povo serão determinadas pelo alcance e pela divulgação dela. Estamos verificando a Europa sendo transformada em um país; estamos vendo a Europa unida. As fronteiras estão desaparecendo e os países passam a ser parte uns dos outros. Estamos vendo continentes.
Recentemente, os governos dos países europeus reuniram-se, preocupados com a pasteurização que se está verificando em suas sociedades. Essa homogeneização imposta pelos meios de comunicação e fruto da globalização está descaracterizando as sociedades que, antigamente, e até muito recentemente, tinham características bem distintas. Se a Europa, continente de tradições culturais seculares, está preocupada com a descaracterização de suas origens e raízes diante da globalização e os governantes resolveram investir verbas vultosas em suas culturas populares e folclóricas para preservação da identidade, o que dizer de nós, aqui no Brasil? Somos um país jovem e dentro de mais alguns anos vamos ter a ALCA, com a América unida. Esperamos que seja unida, justa, mas temos muitas dúvidas a respeito disso. O que será de nossa cultura, da nossa sociedade e da civilização brasileira?
Isso me preocupa, porque ainda estamos vivendo um período em que não temos essa união, verificando-se uma descaracterização acelerada da cultura brasileira. Considero, inclusive, absolutamente errados os mecanismos atuais de incentivo a esse quesito. O Brasil está criando sistemas que são incentivos à cultura universal e alienígena, mas não à brasileira.
Recentemente, há dez anos, começamos a ter leis de incentivo à cultura. O que essas leis fizeram até agora? Onde está ela? Está desassistida. As maiores expressões que verificamos em nossa sociedade são atos de marketing e de valorização de marcas comerciais que se refletem nos grandes eventos culturais. Basta verificarmos o nome dos nossos eventos: Free JazzCarlton DanceKaiser Rock. Onde está a brasileira? O que isso tem a ver com o maracatu, com o bumba-meu-boi, com o caboclinho, com a essência nacional? Não vemos isso refletido no noticiário dos jornais ou da televisão. O que existe é uma ação mercadológica, como se fosse um complô contra nossa nacionalidade. Os pequenos grupos folclóricos e da cultura popular e as pequenas e as médias companhias teatrais têm dificuldade muito grande de acesso aos incentivos. Quem tem acesso a isso são os grandes grupos e os grandes produtores que, em sua maioria, estão ligados a grandes grupos econômicos, que valorizam seus interesses comerciais em detrimento dos interesses nacionais.
Sou economista e homem acostumado a fazer projetos. Levei sete meses e fiz exaustivas visitas a Brasília e ao Rio de Janeiro para atender ao que era exigido. Para aprovar o meu primeiro projeto, tive de preencher nove formulários, treze anexos e apresentar oito certidões. Ainda tive de cumprir algumas exigências.
Qual é o grupo brasileiro que se pode dar ao luxo de fazer isso? Em sua grande maioria, a arte brasileira funciona independente de burocracia. Quem pode se submeter a essa forma estatizante que emperra a obtenção desses supostos incentivos?
O que aconteceu, a bem da verdade, foi que, com tantas exigências, o apoio à atividade cultural desapareceu. Antes, os produtores iam às em presas e pediam um quilo de miçangas, dez quilos de plumas, madeira. Agora, não podem fazer isso. Na primeira fase da lei, a empresa simplesmente contabilizava o que era feito como doação e apresentava no seu Imposto de Renda, e a coisa funcionava. Agora, o projeto cultural tem de ser prévio, o que é uma ingerência. A atividade no Brasil passou a ser aprovada pelo Ministério da Cultura. Acabou a espontaneidade! Se o projeto não for aprovado, não há como receber nada, o que dificulta a produção.
Estamos vivendo um momento de extrema carência de recursos para a produção brasileira. Por outro lado, não podemos deixar de pensar que a cultura é o fator determinante da cidadania, é o que vai determinar a sobrevivência do povo brasileiro. Sempre foi olhada como supérfluo. Devemos mudar a visão que temos sobre isto.
A cultura é o elemento mais importante do desenvolvimento econômico de um povo. O elemento mais importante para diminuir as injustiças sociais. A indústria cultural é capaz de criar maior número de empregos no Brasil. É a atividade que maior benefício traz ao país. No entanto, é sempre relegada a segundo plano.
Passei quinze anos fora do Brasil, em auto-exílio. Não damos importância aos nossos valores, não conhecemos o Brasil e não conhecemos a cultura brasileira, que não se encontra nos grandes centros, mas na periferia, noNorte e no Nordeste. O mundo inteiro a reverencia.
Por que não investir de forma eficiente e encontrar mecanismos de apoio para que criemos empregos e possamos aumentar o turismo cultural? Seria uma forma de atrair, inclusive, o investidor estrangeiro. Aquele que vem atrás desse tipo de turismo é capaz de investir no País. Uma forma de atrair o capital estrangeiro é vendê-la e incentivá-lo.
Pergunto-me por que o Brasil, que recentemente criou para a pequena e para a microempresa o imposto Simples, pois não têm infra-estrutura para cuidar de tantos impostos, não faz uma lei simples nessa área? Por que não pensamos em diferenciar o pequeno produtor cultural, que não tem infra-estrutura burocrática e administrativa, para que se possa seguir os mesmos princípios do grande? Por que não valorizamos a produção, baseada na cultura brasileira, com incentivos maiores do que aqueles que estão simplesmente servindo de elemento de valorização de uma marca? Temos de pensar nessas coisas.
Verificamos que existe uma carência de financiamento. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico recentemente incluiu o “S”, passando a ser Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Esse “S”, parece-me, entrou apenas para que ficasse politicamente correto, porque não o vemos. Eu gostaria de vê-lo financiando as atividades sociais com a mesma ênfase que dá ao desenvolvimento econômico. A cultura é o vetor mais importante de desenvolvimento econômico da Nação e o fator primordial, principalmente nas regiões mais carentes do Brasil, para a criação de novos empregos, que é um problema nacional.
O dinheiro investido, recentemente, na fábrica da Volkswagen, que criou duzentos empregos, poderia ter criado duzentos mil empregos no Nordeste. Esses duzentos mil empregos no Nordeste atrairiam – o fator é dezenove – esse número multiplicado por dezenove de outros empregos, que, por sua vez, atrairiam o capital estrangeiro. A indústria cultural é a que mais cresce no mundo e a que tem melhor retorno.
Os senhores se lembram de Nova York, em 1975. Decretaram a falência de uma cidade do mundo capitalista. O prefeito daquela cidade, na época, pegou o seu caixa – havia parcos recursos, insuficientes para que qualquer projeto de sua administração pudesse ir adiante – e destinou a verba aos artistas para que falassem do amor que tinham pela cidade. Essa pequena verba resultou na campanha “I love New York”. Devido a esse refrão, a Broadway se revitalizou. Era uma cidade extremamente violenta. Eu morava lá naquela época. As indústrias, o comércio e os serviços saíram de lá, indo para os arredores. A cidade tinha um índice de desemprego altíssimo, o maior dos Estados Unidos. Com a criação do grito de amor por ela e com os espetáculos que aconteceram na Broadway, vieram os turistas; com eles, os hotéis encheram; os restaurantes tiveram de contratar mão-de-obra; a indústria de serviços foi aumentando; as conferências e as reuniões anuais das empresas passaram a convergir para lá novamente; a atividade da cidade começou a florescer de novo; os impostos foram recolhidos e as dívidas passaram a ser pagas. Nova York saiu da insolvência e voltou a ser – estava perdendo para Londres – o centro financeiro. Hoje, indubitavelmente, é a capital do mundo dos negócios.
Tudo isso ocorreu por causa de um bando de artistas que resolveu falar de amor pela sua cidade.
Não há um brasileiro que ouse falar do amor pelo seu País e pela sua cultura e que ache que temos de pensar na alma nacional. É hora de dedicarmos um pouco mais de atenção às expressões autênticas, que são as festas populares, as músicas e as danças do folclore, essência e base da nossa cultura verdadeira.
Fernando Bicudo
Diretor da Ópera Brasil

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