9 de jan. de 2011

Cinco personagens indispensáveis para um Big Brother imperdível


Rodrigo Levino

Big Brother Brasil anunciou na semana passada os 17 participantes que disputarão o prêmio de 1,5 milhão de reais da 11ª edição. Nove anos após a estreia, quase 200 pessoas passaram pelo confinamento da casa em busca do prêmio milionário oferecido pelo programa. A maioria caiu no esquecimento por completa falta de talento ou atuações insignificantes.

O termo atuação se justifica: ao longo do tempo, o reality show adquiriu um tom de ficção, alicerçado numa edição afiada que estabelece desde o começo do programa quem são os mocinhos, os vilões, as musas, os estrategistas, os escandalosos e os manipuladores, mesmo que isso nem sempre corresponda à realidade.

Os ingredientes para um Big Brother emocionante, como a última edição vencida pelo lutador gaúcho Marcelo Dourado, são, portanto, conhecidos: drama, comédia, romance e disputas. Resta saber se os participantes da próxima edição estão dispostos a encarnar o papel que lhe será confiado pelo big boss Boninho.

O site de VEJA selecionou cinco tipos que povoaram a casa desde 2002 e que provavelmente darão as caras a partir da próxima terça-feira no BBB11.

Os barraqueiros
Costumam aparecer ali pela terceira semana de programa, quando as panelinhas e as amizades já estão definidas. Destacam-se, em geral, defendendo interesses do grupo ou individuais, ou ainda simplesmente atazanando a vida alheia. Fazem o tipo pavio curto, sempre com respostas na ponta da língua e alguma falta de modos cerceada apenas pela onipresença das câmeras. Grandes exemplos de barraqueiros da história do BBB foram Tina Soares (BBB2) e Solange Cristina (BBB4), dublê de cantora.


As musas
Elas até que tentam demonstrar valores intelectuais, morais ou de qualquer ordem que as transformem em algo mais que um belo corpinho. Mas acabam sempre em evidência pelas medidas saradas e rostos bonitos. Entre mergulhos na piscina, banhos coletivos e sessões demoradas de bronzeamento, o programa rendeu namoradinhas nacionais e mais de uma dezenas de capas de revistas masculinas. Entre os destaques estão Grazi Massafera (BBB5), Natália Casassola (BBB8), Fani Pacheco (BBB7) e Lya Khey (BBB10).
 

Os vilões
Desestabilizar é a palavra de ordem desta galera. O vilão está um passo adiante do simples barraqueiro por ser metódico e calculista. Joga abertamente contra companheiros de confinamento e nem sempre se dá bem no final do programa. Quem não se lembra (ou seria melhor dizer, quem ainda se lembra?) do médico Rogério Padovan (BBB5), eliminado com 92% dos votos, depois de destratar colegas e tabular votos combinados? Dois exemplos masculinos podem ser considerados os maiores vilões de todas as edições do BBB: Marcelo Arantes (BBB8), psiquiatra, e o lutador gaúcho Marcelo Dourado. O último protagonizou uma saga redentora. Eliminado no início da quarta edição, retornou em 2010 e sagrou-se campeão enfrentando acusações de homofobia. Entre as mulheres, Tessália Seriguelli mostrou frieza e senso de oportunidade na décima edição quando, numa tacada só, conquistou um affair (Michel Turtchin) e tratou colegas como Elenita com cálculo na tentativa de angariar seguidores. Terminou eliminada, mas não sem antes ter os méritos de uma grande jogadora reconhecidos.
Os pombinhos
Embalados pelas festas nababescas, convivência forçada e pela exposição permanente dos corpos, os casais se formam ao sabor da carência – e também da estratégia. Formar um par pode ser uma boa forma de conquistar a simpatia do público, quase sempre refratário à ideia de separar os pombinhos. Não que eles sejam realmente inseparáveis. Amor de BBB, em geral, não sobrevive ao fim do programa. Mas o público gosta de acompanhar as duplas românticas que, de modo geral, se dividem em dois grupos: o dos que se dedicam às chamadas “discussões de relacionamento”, como Thyrso e Manuela (BBB2), e o dos que esquentam as edições debaixo do edredon. Estão neste segundo time o triângulo amoroso entre Diego “Alemão”, Fani Pacheco e Iris Stefanelli (BBB7) e as saliências de Tessália Seriguelli e Michel Turtchin (BBB10).
Os líderes
Para vencer um BBB, não é preciso ser um líder. Houve quem ficasse milionário apenas por se alegar pobre e necessitado, conquistando a condolência do público. Foi o caso da babá Cida (BBB4). E também quem vencesse por inércia e bom comportamento, como Rafinha Ribeiro (BBB8). Os líderes, porém, são de outra estirpe. Carismáticos, são capazes de incendiar os telespectadores com bons argumentos e conseguem apoio às suas idéias e estratégias. Exemplos disso pipocaram nos últimos dez anos, como o letrado e engajado Jean Wyllys (BBB5), o bem humorado André Dhomini (BBB3) e mais recentemente o troglodita Marcelo Dourado (BBB10), que conseguiu defender-se das acusações de homofobia e, em três meses, deixou de ser um incômodo e mal educado companheiro para se transformar num líder fiel aos amigos.

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