14 de mar. de 2011

Barras de combustível nuclear ficam expostas novamente



Superaquecidas, elas correm o risco de derreter, danificando o reator e levando a um amplo vazamento de material radioativo, de acordo com especialistas

Manifestantes carregam velas decoradas com adesivos antinucleares em Berlim, após desastre no Japão
Manifestantes carregam velas decoradas com adesivos antinucleares em Berlim, após desastre no Japão (Johannes Eisele / AFP)
As barras de combustível do reator nuclear 2 do complexo japonês Fukushima Daiichi ficaram expostas pela segunda vez nesta segunda-feira, depois que o local foi danificado peloterremoto na sexta-feira, informou a operadora da usina, Tokyo Electric Power Co. Normalmente cercadas de água, as barras estão superaquecendo e correm o risco de derreter se o nível de água no reator cair demais e deixar as barras muito expostas. Um derretimento poderia danificar o reator e levar a um amplo vazamento de material radioativo, de acordo com analistas. Diante do agravamento da situação, o Japão fez um pedido oficial de ajuda aos Estados Unidos.
As barras, formato no qual o urânio é moldado dentro do reator, haviam ficado expostas parcialmente mais cedo, mas os especialistas conseguiram estabilizar a situação, utilizando inclusive água do mar para aumentar o nível de água do sistema de resfriamento. Segundo a Tokyo Electric Power Co., a exposição ocorreu porque o canal de ventilação do vapor produzido pelo aquecimento do reator foi fechada acidentalmente nesta segunda-feira, causando uma nova e repentina queda do nível de água de resfriamento.
Três dos seis reatores de Fukushima estão aquecendo em níveis perigosos, e as autoridades correm para evitar um derretimento - que aumentaria o risco de danos ao reator e de um possível vazamento nuclear. O maior temor é de um grande vazamento de radiação do complexo em Fukushima, 240 quilômetros ao norte de Tóquio.

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Consulado-geral em Hamamatsu
Ajuda - O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, uma agência da ONU), Yuki Amano, disse nesta segunda-feira que o governo do Japão pediu ajuda a seus especialistas para lidar com a crise nuclear que aflige o país desde o terremoto de magnitude 8,9 seguido de tsunami que atingiram o país na sexta feira, provocando mortes e destruição.
Amano, que é um veterano diplomata japonês, disse que o tremor e o maremoto abalaram e inundaram usinas nucleares na região, mas que os reatores permaneceram intactos e que o vazamento de radiação foi limitado. "As autoridades japonesas estão trabalhando o máximo que podem, sob circunstâncias extremamente difíceis, para estabilizar as usinas nucleares e garantir a segurança", disse Amano em comunicado aos membros da agência.
Segundo ele, as autoridade da AIEA e do Japão estão discutindo os detalhes sobre como será a cooperação. A usina nuclear de Fukushima 1, a 240 km ao norte de Tóquio, sofreu explosões em dois de seus reatores, no sábado e nesta segunda. O acidente já é considerado o pior do mundo desde o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

Medidas Diante da crise nuclear, o Japão forneceu 230.000 unidades de iodo estável para abrigos de pessoas que foram obrigadas a deixar suas casas por conta do terremoto seguido de tsunami do dia 11 de março, como medida cautelar na emergência nuclear vivida no país, informou nesta segunda-feira a agência de fiscalização atômica da ONU. Citando informações recebidas das autoridades japonesas, a AIEA disse que cerca de 185.000 moradores em áreas próximas às usinas nucleares afetadas pelo terremoto da sexta-feira haviam sido retirados de suas casas até 13 de março.

O iodo pode ser usado para ajudar a proteger contra câncer de tireoide no caso de exposição radiativa em um acidente nuclear. "O Japão distribuiu 230.000 unidades de iodo estável para abrigos da região em volta das usinas nucleares de Fukushima Daiichi e Fukushima Daini, segundo autoridades", disse a AIEA em sua página no Facebook. "O iodo ainda não foi ministrado às pessoas dos abrigos; a distribuição é uma medida de precaução, para o caso de ser considerada necessária a prescrição de iodo", disse a agência.
(Com agência Reuters)

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