Além dos gracejos para quebrar o gelo, o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, neste domingo, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, foi dominado por elogios ao Brasil, com inúmeras citações ao povo, à política e à cultura do país.
Durante seu pronunciamento, o líder americano comparou as trajetórias do Brasil e dos Estados Unidos e usou a palavra “together” – “juntos” em iglês – nove vezes, se referindo não só as possibilidades de parcerias econômicas entre as duas nações. Segundo Obama, os países devem manter juntos um compromisso com o intercâmbio de tecnologia e conhecimento, a promoção de fontes de energia renováveis e o combate ao narcotráfico, às armas nucleares, a fome e a corrupção de outras regiões do mundo.
Em tom descontraído, lembrou a disputa entre o Rio de Janeiro e Chicago para sede das Olimpíadas de 2016. “Se os Jogos Olímpicos não podem ser em Chicago, não há outro lugar no mundo que eu quissesse mais que recebesse os jogos do que o Rio de Janeiro”, disse garantindo que retornará ao país em 2016.
O líder americano elogiou a democracia brasileira e, sem citar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o Brasil é um país “onde um garoto pobre de Pernambuco pode chegar ao posto mais elevado do pais”.
Ao final do discurso o presidente dos EUA lembrou dos protestos de políticos e artistas na Cinelândia contra a ditadura e aproveitou para citar a presidente Dilma Rousseff. “Uma das pessoas que protestaram foi presa e sabe o que é viver sem seus direitos mais básicos”, disse. “Porém, ela também sabe o que é perseverar. Hoje ela é a sua presidente, Dilma Rousseff”.
Sorridente, Barack Obama terminou o discurso, de cera de 25 minutos, sob aplausos calorosos, com um “muito obrigado” em bom português.
Nenhum comentário:
Postar um comentário