O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira (27) em discurso na Carolina do Norte que a atual missão de combate das tropas norte-americanas no Iraque vai ser encerrada até 31 de agosto de 2010 e que a retirada definitiva das tropas deve ocorrer até o fim de 2011.
De setembro de 2010 até o fim de 2011, uma missão americana "menor e limitada", com entre 35 mil e 50 mil homens, deve continuar naquele país, para treinar e equipar as forças iraquianas de segurança, proteger os projetos de reconstrução civil e conduzir "operações limitadas de contraterrorismo".
Obama discursa nesta sexta-feira (27) em Camp Lejeune, na Carolina do Norte. (Foto: AFP)
"O Iraque ainda não é um lugar seguro", admitiu Obama ao fazer o anúncio. Segundo ele, "dias difíceis" estão pela frente.
Obama também anunciou a nomeação do veterano diplomata Christopher Hill como novo embaixador americano no Iraque .
Os anúncios foram feitos e detalhados durante visita do presidente a Camp Lejeune, uma base da Marinha no estado da Carolina do Norte.
Existem atualmente cerca de 142 mil soldados americanos no Iraque. O conflito - onde mais de 4.250 militares morreram - dividiu profundamente a opinião pública americana e atingiu duramente a reputação dos Estados Unidos no cenário internacional.
Telefonema
Obama telefonou para o premiê do Iraque, Nuri al-Maliki, durante seu voo rumo à Carolina do Norte, para "brifá-lo" sobre os planos, segundo Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca. Obama também ligou para o ex-presidente George W. Bush, por "cortesia", de acordo com Gibbs.
Obama, um opositor declarado da invasão americana a esse país em 2003, cumpre assim com sua promessa de campanha de retirar as tropas de maneira coordenada.
Ele deixou claro, desde durante a campanha, que sua prioridade militar seria o Afeganistão e ordenou na semana passada o envio de mais 17 mil soldados ao país, que hoje tem 38 mil soldados americanos.
Irã e Síria
No mesmo pronunciamento, Obama disse que os EUA começarão uma aproximação "sustentada e guiada por princípios" com todos os países do Oriente Médio, incluindo Irã e Síria.
"Não podemos enfrentar os desafios regionais de maneira isolada, precisamos de uma estratégia mais sensata, mais sustentada e exaustiva", disse.
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