16 de fev. de 2008

ABSTINÊNCIA à nicotina em meio às trevas


O DIFÍCIL PERÍODO DA ABSTINÊNCIA.
Por outro lado, foi comprovado cientificamente que a necessidade irresistível de substituição do cigarro por outro produto que contenha nicotina entre as pessoas que querem deixar de fumar pode explicar as dificuldades para a conquista desse objetivo no difícil período inicial de abstinência.
Outros sintomas associados a essa etapa crucial do processo são o desejo de consumir doces e a queda de rendimento em atividades que requerem estado de alerta. Por outro lado, alguns hábitos relacionados com a dependência da nicotina parecem prever maiores dificuldades na hora de tentar afastar de nossas vidas o consumo de uma substância tão nociva para a saúde.
Em geral, os fumantes compulsivos acendem seu primeiro cigarro logo após deixarem a cama pela manhã, e não se esquecem do tabaco sequer quando estão doentes, o que supõe uma dificuldade a mais na hora de iniciar um tratamento de desintoxicação.
O primeiro cigarro do dia é o mais difícil de ser deixado para trás e torna-se mais complicado evitar fumar pela manhã do que à tarde. Os diagnósticos mais aplicados indicam que os sinais mais freqüentes de dependência da nicotina são o cheiro e o hálito de tabaco, tosse seca, existência de uma doença pulmonar crônica e pele enrugada. Podem aparecer também manchas amareladas nos dedos das mãos, mas isso não é tão freqüente.
Diferentes estudos clínicos dão conta de que o consumo de tabaco pode aumentar de forma acentuada o risco de alguém sofrer de câncer do pulmão ou de boca, de doenças cardiovasculares e ainda a incidência de problemas para o feto no caso de grávidas.
Apesar de todas essas evidências, o cientista chinês Zhao Baolu afirmou, após 20 anos de pesquisas com ratos, e em artigo publicado em uma renomada revista científica britânica, a "British Journal of Pharmacology", que a nicotina vicia, embora não seja tóxica e possa ser utilizada como remédio para tratar males neurológicos, como o Alzheimer e o Parkinson. O especialista chinês acredita que isso se deve à atuação da nicotina como um antioxidante que "blinda" os neurônios e os protege de outras substâncias que causam as doenças citadas.
Por último, outros estudos científicos estabelecem uma relação direta entre estresse e dependência à nicotina e também com a hipótese de filhos de fumantes compulsivos terem três vezes mais risco de seguir o exemplo de seus pais, já que apresentam níveis mais altos de nicotina metabolizada em sua urina que outros jovens de sua idade.
Análise do comportamento de parentes de primeiro grau dos fumantes indica que há fatores genéticos que contribuem para a introdução e a manutenção do consumo de tabaco, com um grau de herança equivalente ao observado na dependência alcoólica.
Postado por: Helio Rubiales

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