Pintura acrílica s/ tela
30 x 40
Autor: Helio Rubiales
Cientistas duvidam da eficácia de antidepressivos
Londres, 26 fev (EFE).- Os antidepressivos da nova geração não funcionam, salvo em casos mais graves, e na maioria dos pacientes só têm um efeito de placebo.
Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada por cientistas do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá que examinaram todos os dados existentes sobre esse tipo de substâncias, inclusive os de testes clínicos.
Os fabricantes do Prozac e do Seroxat, dois dos antidepressivos mais vendidos do mundo, expressaram, no entanto, seu desacordo com os resultados do estudo.
Um porta-voz do laboratório britânico GlaxoSmithKline, que fabrica o Seroxat, disse à imprensa que o estudo tinha levado em conta apenas um segmento pequeno de todos os dados disponíveis, enquanto a Eli Lilly, fabricante do Prozac, disse que a experiência demonstrou sua eficácia como antidepressivo.
Os cientistas compararam o efeito nos pacientes que tomaram antidepressivos com o resultado obtido em quem recebeu placebo e descobriram que a melhora era muito parecida nos dois grupos.
As únicas exceções foram pacientes que sofriam de depressões mais graves, explica o professor Irving Kirsch, do departamento de Psicologia da Universidade de Hull (Inglaterra), que participou da pesquisa.
Contudo, isso talvez tenha acontecido, segundo os cientistas, porque nesses pacientes graves o placebo não funcionou tão bem quanto nos que tomaram os medicamentos e não porque os antidepressivos tenham surtido maior efeito.
"Dados os resultados, parece que não há apenas motivos para receitar antidepressivos, salvo para os pacientes que sofrem de depressões mais graves e em quem os outros métodos falharam", afirmou Kirsch.
Segundo ele, as pessoas que sofrem depressão "podem melhorar sem recorrer a esse tipo de tratamento".
Para o estudo, divulgado na publicação especializada "Public Library of Science", foram utilizados os resultados de 47 testes clínicos, além de uma série de dados inéditos graças à legislação britânica sobre liberdade de informação.
As conclusões da pesquisa valem no caso do Prozac (fluoxetina), do Seroxat (paroxetina), e de fármacos similares como Effexor (venlafaxina) e Serzone (nefazodone).
Segundo Tim Kendall, diretor-adjunto da Divisão de Pesquisa do Royal College of Psychiatrists, os laboratórios geralmente publicam somente os estudos que lançam uma luz positiva sobre seus produtos.
O National Institute for Health and Clinical Excellence, do Reino Unido, recomenda aos médicos que tentem outros métodos antes de começarem a prescrever antidepressivos.
Desde seu lançamento nos Estados Unidos em 1988, aproximadamente 40 milhões de pessoas recorreram ao Prozac, trazendo bilhões de dólares ao laboratório Eli Lilly.
Apesar de a patente ter caído em 2001, o princípio ativo do Prozac, a fluoxetina, continua gerando renda para a empresa, já que a mesma substância também é ingrediente do Sarafem.
Postado: HRubiales
Cientistas duvidam da eficácia de antidepressivos
Londres, 26 fev (EFE).- Os antidepressivos da nova geração não funcionam, salvo em casos mais graves, e na maioria dos pacientes só têm um efeito de placebo.
Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada por cientistas do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá que examinaram todos os dados existentes sobre esse tipo de substâncias, inclusive os de testes clínicos.
Os fabricantes do Prozac e do Seroxat, dois dos antidepressivos mais vendidos do mundo, expressaram, no entanto, seu desacordo com os resultados do estudo.
Um porta-voz do laboratório britânico GlaxoSmithKline, que fabrica o Seroxat, disse à imprensa que o estudo tinha levado em conta apenas um segmento pequeno de todos os dados disponíveis, enquanto a Eli Lilly, fabricante do Prozac, disse que a experiência demonstrou sua eficácia como antidepressivo.
Os cientistas compararam o efeito nos pacientes que tomaram antidepressivos com o resultado obtido em quem recebeu placebo e descobriram que a melhora era muito parecida nos dois grupos.
As únicas exceções foram pacientes que sofriam de depressões mais graves, explica o professor Irving Kirsch, do departamento de Psicologia da Universidade de Hull (Inglaterra), que participou da pesquisa.
Contudo, isso talvez tenha acontecido, segundo os cientistas, porque nesses pacientes graves o placebo não funcionou tão bem quanto nos que tomaram os medicamentos e não porque os antidepressivos tenham surtido maior efeito.
"Dados os resultados, parece que não há apenas motivos para receitar antidepressivos, salvo para os pacientes que sofrem de depressões mais graves e em quem os outros métodos falharam", afirmou Kirsch.
Segundo ele, as pessoas que sofrem depressão "podem melhorar sem recorrer a esse tipo de tratamento".
Para o estudo, divulgado na publicação especializada "Public Library of Science", foram utilizados os resultados de 47 testes clínicos, além de uma série de dados inéditos graças à legislação britânica sobre liberdade de informação.
As conclusões da pesquisa valem no caso do Prozac (fluoxetina), do Seroxat (paroxetina), e de fármacos similares como Effexor (venlafaxina) e Serzone (nefazodone).
Segundo Tim Kendall, diretor-adjunto da Divisão de Pesquisa do Royal College of Psychiatrists, os laboratórios geralmente publicam somente os estudos que lançam uma luz positiva sobre seus produtos.
O National Institute for Health and Clinical Excellence, do Reino Unido, recomenda aos médicos que tentem outros métodos antes de começarem a prescrever antidepressivos.
Desde seu lançamento nos Estados Unidos em 1988, aproximadamente 40 milhões de pessoas recorreram ao Prozac, trazendo bilhões de dólares ao laboratório Eli Lilly.
Apesar de a patente ter caído em 2001, o princípio ativo do Prozac, a fluoxetina, continua gerando renda para a empresa, já que a mesma substância também é ingrediente do Sarafem.
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