17 de fev. de 2009

LIBERTADORES DO BRASIL



Por Mauro Beting



No Século 21, a Libertadores da América é um torneio eliminatório disputado pelas principais equipes do continente cujo campeão é o Boca Juniors. Tá bom... Sempre tem um São Paulo (e como sempre tem o São Paulo!) e um Internacional para evitar o predomínio absoluto xeneize. Mas quando os co-hermanos estão na área, é mais do que dever respeitá-los.

Mas, na boa, na ótima, os cinco brasileiros têm chances este ano. Mesmo o Sport. Faz excelente campanha no PE-09, e, por conta dele, pelo turno conquistado, irá focar a Libertadores. Se o clube não a disputa desde 1988, o elenco é rodado e qualificado. E tem um histórico recente muito bom contra o Palmeiras. O problema rubro-negro é que o Verdão começa 2009 muito além da encomenda, com um desempenho impressionante, e com ótimo potencial. Fora a própria história no torneio: além do título de 1999, é a equipe que mais participou da competição – ao lado do São Paulo. O problema para os dois brasileiros é terem caído no chamado “Grupo da Morte”! BUHHH!. O Colo Colo também tem história na competição, e um time de bom nível. Para piorar, o atual campeão também está na chave. A vantagem é que dificilmente a LDU repetirá 2008. Até porque o elenco está enfraquecido com as saídas de Guerrón e Bolaños. Mas todo cuidado é nada. Palpite? O Palmeiras passa. E o Sport ultrapassa a LDU na raça.

O 6-3-3 São Paulo tem elenco, treinador, história, e vontade de virar 6-4-3. O grupo é ainda melhor que o de 2008, com bons reforços que ainda não renderam o que podem. Mas não se pode duvidar do Tricolor. Muito menos do trabalhador Muricy. O foco são-paulino é total na Libertadores, torneio que joga melhor que qualquer outro brasileiro. Para facilitar, os rivais não são tão complicados. O América de Cali parece ser o mais chato adversário. Mas nada de tirar o sono. Independiente Medellín é equipe que cresce, e o Defensor ganhou no Uruguai também pelo momento pavoroso de Peñarol e Nacional. Não é um grupo fácil. Mas o São Paulo deverá torná-lo menos espinhoso.

No Grupo 5, assim como no 4, o favoritismo é brasileiro. O Cruzeiro de Ramires (e não só do ótimo todocampista celestete) entra como senhor absoluto. O Estudiantes não começou tão bem a temporada, mas tem história, e um time com alguns bons jogadores. Deportivo Quito e Universitário de Sucre não são páreo.

No papel, a tarefa menos complicada é a do Grêmio. Também pela qualificação do grupo, melhor tecnicamente que aquele que se superou em 2008. E muito pela inexperiência dos rivais. Se o colombiano Boyacá Chicó pode surpreender, e a Universidad de Chile superou o favorito Pachuca na primeira fase da competição, o Aurora boliviano é só motivo para piadas prontas. Se Celso Roth soltar um pouco mais o time, o Grêmio tem chances de fazer uma ótima segunda fase, e conseguir chaveamentos melhores nas próximas etapas da Libertadores.

Palpite, digo, chute? Todos os brasileiros passam. E, depois que passarem, e quando soubermos onde estará o Boca, você pode me perguntar o que pode acontecer.
Por Mauro Beting

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