País perde 101.748 vagas de trabalho em janeiro
O mês de janeiro registrou uma perda líquida de 101.748 vagas de trabalho formal, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho.
A perda de vagas formais em janeiro foi menor do que as previsões de analistas ouvidos pela Agência Estado, que estimavam a eliminação de 170 mil a 300 mil postos de trabalho. Mesmo assim, salientaram esses especialistas, o resultado de janeiro não pode ser classificado como positivo, pois tradicionalmente esse é um mês de geração de postos de trabalho. Vale lembrar que a queda no nível de emprego em janeiro se segue ao fechamento de 654.946 postos em dezembro.
O nível de emprego no mês passado apresentou uma queda de 0,32% em relação ao total de postos de trabalho em dezembro. Segundo o Ministério do Trabalho, esse comportamento refletiu a influência de fatores sazonais, principalmente nos setores de ensino e de comércio, além de desdobramentos da crise financeira internacional.
A perda de vagas foi a primeira para um mês de janeiro desde 1999, quando foram fechados 41.211 postos de trabalho. Ainda segundo dados do Caged, alguns setores apresentaram desempenho positivo, como a construção civil (crescimento de 0,59% em janeiro em relação a dezembro), com a geração de 11.324 empregos; e serviços (alta de 0,02%), com 2.452 empregos criados.
Do lado negativo, um dos destaques foi a indústria de transformação, com dez ramos registrando fechamento líquido de vagas, dos quais metalurgia registrou 12.028 postos a menos (queda de 1,60% no total de vagas do setor); material de transportes, com perda de 11.732 vagas (-2,30%); e indústria de produtos alimentícios, com queda de 8.794 vagas (-0,49%). O setor agrícola, por sua vez, perdeu 12.101 postos (-0,78%).
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