10 de fev. de 2009
BRASIL VENCE A ITÁLIA
Embalado, Brasil vence Itália e desequilibra retrospecto
Com gols de Elano e Robinho, seleção brasileira passa a ter uma vitória a mais do que a Itália no histórico do confronto
Com gols de Elano e Robinho, seleção brasileira passa a ter uma vitória a mais do que a Itália no histórico do confronto
LONDRES (Inglaterra) – A seleção brasileira, enfim, parece ter entrado nos eixos. Nesta terça-feira, no primeiro amistoso de 2009, a equipe de Dunga venceu a Itália por 2 a 0, em Londres, com gols de Elano e Robinho. Foi a segunda vitória convincente seguida do Brasil, que em novembro havia enfiado 6 a 2 em Portugal.
Além de garantir estabilidade a Dunga, o resultado dá moral ao time para os jogos que virão pela frente nas Eliminatórias, contra Equador e Peru, no final de março. A atuação do time ainda confirma o que o treinador disse nos treinos: aos poucos, o time se acerta e está "quase pronto" para a Copa do Mundo.
Historicamente, o resultado também teve grande importância porque desequilibrou o retrospecto do clássico. Esta foi a sexta vitória do Brasil sobre a Itália, que já venceu o tradicional duelo em cinco oportunidades. Nos gols marcados, a vantagem também é brasileira: 21 a 19.
O jogo
Quando os times entraram em campo, surpresas nas duas escalações. O Brasil veio com o novato Felipe Melo entre os titulares, no lugar de Josué. Já a Itália, tradicionalmente precavida, mostrou uma formação mais ofensiva, com Pepe, Di Natale e Gilardino juntos no ataque.
No início, a Itália parecia melhor e teve a chance de abrir o placar logo aos 3 minutos de jogo. Aproveitando um buraco na defesa brasileira, Pirlo fez lindo lançamento para Grosso, que encobriu Júlio César com estilo. A arbitragem marcou impedimento inexistente e anulou o que seria o primeiro gol italiano
Aos poucos, porém, o Brasil começou a se impor. Com marcação frágil e um tanto sonolenta, a Itália deixou espaços para o ataque brasileiro e foi envolvida pelo bom toque de bola de Robinho, Ronaldinho e cia.. Aliás, foi numa bela jogada dos dois que saiu o primeiro gol, aos 12 minutos. Após troca de passes, Elano saiu na cara de Buffon e tocou com categoria para abrir o marcador.
Os italianos não esboçaram reação após o primeiro gol. Muito ao contrário. Aos 26 minutos, Pirlo cochilou na entrada da grande área e Robinho roubou a bola. O atacante do Manchester City pedalou na frente de Zambrotta e bateu colocado para ampliar a vantagem brasileira.
A Itália conseguiu equilibrar o jogo e chegou com perigo num chute de De Rossi de fora da área, mas Júlio César estava bem colocado e conseguiu mandar para escanteio. O Brasil ainda respondeu com Elano, que também arriscou de longe e tirou tinta da meta de Buffon.
Com quatro alterações, a Itália melhorou na segunda etapa e passou a pressionar a defesa brasileira. Mais uma vez, a Azzurra balançou as redes de Júlio César, mas dessa vez a arbitragem anulou o gol corretamente. Luca Toni, um dos que entraram em campo no intervalo, ajeitou com a mão dentro da área antes de marcar.
A Itália continuou a dominar o jogo, sobretudo com a presença de Luca Toni dentro da área. E o atacante do Bayern teve outra ótima chance ao receber cruzamento na área, mas Júlio César apareceu bem e defendeu o chute. A resposta do Brasil veio na mesma moeda, mas Buffon evitou o gol de Thiago Silva.
O jogo, que já havia diminuído o ritmo durante a segunda etapa, ficou ainda mais lento nos minutos finais. A Itália, sem forças para reagir, aceitou o resultado, o Brasil, mais do que satisfeito com a vitória, passou a trocar passes e chegou a arriscar um "olé". O que valeu mesmo, porém, foi o resultado. Valeu para os torcedores, os jogadores para o sempre criticado Dunga.
FICHA TÉCNICA: BRASIL X ITÁLIA
Local: Emirates Stadium, em Londres (ING)
Data: 10 de fevereiro de 2009 (quarta-feira)
Horário: 17h45 (de Brasília)
Árbitro: Michael Riley (ING)
Cartões amarelos: Aquilani, Perrotta, Zambrotta
Gols: Elano, 12min, e Robinho, 26min do primeiro tempo
BRASIL: Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan (Thiago Silva) e Marcelo; Gilberto Silva (Josué), Felipe Melo e Elano (Daniel Alves); Ronaldinho, Robinho (Júlio Batista) e Adriano (Alexandre Pato).
Técnico: Dunga
ITÁLIA: Buffon, Zambrotta, Cannavaro, Legrottaglie e Grosso; Montolivo (Camoranesi), De Rossi (Aquilani) e Pirlo (Dossena); Pepe (Toni), Di Natale (Perrotta) e Gilardino (Rossi).
Técnico: Marcelo Lippi
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