Disputado no Autódromo de Interlagos ininterruptamente desde 1990, o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 enlouquece os apaixonados por velocidade. Cerca de 140 000 pessoas lotaram as arquibancadas para assistir aos treinos e à prova no fim do ano passado. O evento injeta na economia paulistana 230 milhões de reais, o que o torna o mais rentável da cidade. Realizado aqui pela primeira vez em 1972, fez com que São Paulo ficasse conhecida como a capital brasileira do automobilismo. Esse apelido fará ainda mais sentido no próximo fim de semana, quando será realizada no Anhembi a primeira das dezessete corridas do calendário 2010 da Fórmula Indy. Nenhum outro lugar do mundo sedia etapas das duas categorias. A prova levou o nome de São Paulo Indy 300, já que o circuito tem 4,1 quilômetros de extensão e as 75 voltas totalizarão pouco mais de 300 quilômetros. Na Marginal Tietê ficará a maior reta de todo o campeonato, com 1,5 quilômetro — a velocidade máxima ali chega a 300 quilômetros por hora. “É, provavelmente, o único trecho em que será possível fazer ultrapassagens, pois o trajeto é cheio de curvas fechadas”, afirma o piloto baiano Tony Kanaan, um dos poucos brasileiros que faturaram um título na Fórmula Indy. A equipe vencedora da prova brasileira embolsará cerca de 60 000 reais.
De acordo com a Empresa de Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo (SPTuris), 50 000 pessoas deverão comparecer ao Anhembi para conferir a disputa do domingo (14) e os treinos livres e classificatórios do sábado (13). Segundo a prefeitura, os visitantes deverão desembolsar por aqui quase 120 milhões de reais. Se isso ocorrer, a Fórmula Indy — já agendada para os próximos quatro anos — se transformará no quinto evento mais lucrativo da cidade. “Até agora, São Paulo era pouco convidativa para os turistas em março”, avalia Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTuris. A organização da corrida e a adaptação do Sambódromo custaram 45 milhões de reais. A prefeitura colaborou com 12 milhões de reais e o restante foi pago pela Rede Bandeirantes, que transmitirá a prova com exclusividade. “Um evento como esse tem tudo para se tornar economicamente viável no país”, diz Marcelo Meira, vicepresidente da emissora. “Organizá-lo era um desejo antigo do grupo
Fonte: Revista Veja São Paulo
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