qua, 26/05/10 por Arnaldo Jabor | categoria Sem Categoria
A carta do Irã diz o seguinte:
Nós somos um país que respeita o Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas não estamos recebendo os serviços que os países membros prometeram: mandar combustível nuclear para fazermos radioisótopos para medicina. O Ocidente quer destruir nossa República Islâmica. Ainda bem que o Brasil e a Turquia nos ajudaram contra essa injustiça.
Ou seja, o Irã se faz de vítima e quer nos fazer esquecer que dissidentes são massacrados ou que disseram que o holocausto não aconteceu.
O Irã tem uma estratégia inteligentíssima de persas de 5 mil anos. É tudo ambíguo, porque se as sanções vierem, podem fortalecer os aiatolás, a ditadura militar da guarda revolucionária, unir o povo contra o Ocidente e os dissidentes da modernização.É importantíssima porque foi a primeira oposição secular contra um regime teocrático no Oriente.
Ou seja, as sanções podem ter mão dupla: prejudicariam a população e fortaleceriam os fascistas que dominam aquele país, que desde o presidente Kathami tem uma forte tendência para a modernização.
É muito delicada a posição do Ocidente. Se atacarem, podem perder. Se não, também. Tudo isso enquanto centenas de centrifugas trabalham pela bomba atômica, sob as bençãos do tratado com Brasil e Turquia.
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