A vontade de mostrar forca bruta para satisfazer uma opinião pública ultrasionista causou um dano imenso a Israel. Bibi Netaniahu e seus conselheiros fundamentalistas conseguiram: ameaçar mais a segurançaa de Israel, deteriorar suas relações com a Turquia, talvez provocar nova intifada e unir a opinião pública mundial contra seu estado.
A legitimidade de Israel saiu muito ferida com isso, logo em plena crise contra o Irã nuclear. O sinistro fascista Ahmadinejad deve estar dançando como uma odalisca feliz e o Hamás conquistou uma grande vitória sem disparar um tiro.
Agora, o inquietante nisso tudo é que estamos vendo a inutilidade de se falar em nome de uma racionalidade política. A razão está impotente. As coisas estão ganhando o controle sobre os homens. Estamos diante de uma equação insolúvel. Irã, Paquistão atômico, taleban renascido, suícidio como desejo de mártires, Al Qaeda, ultrasionismo, tudo se soma a impaciência desesperada da população do Oriente Médio.
E, aos poucos, as bombas “querem” explodir, aos poucos o desejo de morte aumenta, aos poucos delineia-se instintivamente a vontade de um “apocalipse de sangue”. Sentimos no ar um daqueles impasses históricos em que tudo parece marchar para o “alivio de uma catástrofe”. A paz nos parece cada vez mais remota… E mesmo… Para muitos… Até indesejável.
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