O brasileiro Rubens Barrichello não tinha como esconder a emoção com seu segundo lugar na dobradinha junto a Jenson Button ao volante dos carros da Brawn GP neste domingo, no Grande Prêmio da Austrália, prova inaugural do campenato de Fórmula Um.
"Senti muitas emoções misturadas durante toda a corrida. É fantástico ter terminado em segundo lugar. Cheguei a achar que a prova tinha acabado para mim depois da primeira volta", declarou o brasileiro que teve problemas na largada e ainda se envolveu em duas batidas.
Depois de um inverno (boreal) complicado, a antiga escuderia Honda F1 foi comprada a apenas algumas semanas antes do início da temporada por seu ex-diretor técnico Ross Brawn. Agora, na Austrália, a Brawn GP se impôs finalmente como uma das grandes candidatas ao título ao final da temporada em 2009.
Jenson Button obviamente era todo sorrisos na coletiva de imprensa. "Esta primeira corrida da temporada foi como um conto de fadas. Para nós, todos esses últimos meses foram muito dramátiocos. Estou muito agredecido à equipe. Foi muito difícil", afirmou.
Button, que largou na pole position, completou os 307,574 km da prova no circuito Albert Park de Melbourne em 1h34:15.784, menos de um segundo à frente do brasileiro, que completou a dobradinha da equipe.
Esta foi a segunda vitória da carreira de Button, depois do primeiro lugar no GP da Hungria de 2006 pela Honda.
A dobradinha no pódio não foi fácil de conseguir. Barrichello teve um início muito lento e foi ultrapassado por vários carros.
Na primeira curva, se chocou com Kovalainen (McLaren-Mercedes), que bateu em Mark Webber (Red Bull), que também se chocou com Heidfeld (BMW Sauber). Kovalainen abandonou, enquanto que Webber e Heidfeld foram para os boxes. Barrichello saiu sem danos do incidente.
Durante esse tempo, Button conseguiu escapar, ficando à frente do alemão Vettel (Red Bull). Os dois pilotos, que estavam aproxiamadamente a cinco segundos um do outro, se distanciaram de seus perseguidores. A corrida parecia decidida.
Mas o japonês Kazuki Nakajima, depois de rodar, se chocou contra um muro. Os pedaços de seu Williams invadiram a pista. O 'safety-car' entrou em ação provocando a aproximação de todos os carros.
Button e Vettel, seguidos por Felipe Massa (Ferrari) e Robert Kubica (BMW Sauber), mantiveram suas posições. Mas Massa teve problemas de motor e abandonou a corrida. O outro piloto da Ferrari, Kimi Raikkonen, rodou na pista e também se retirou. O fracasso da Ferrari foi total.
"Sabíamos que a Brawn GP seria imbatível, mas achamos que podíamos fazer uma boa corrida", declarou Massa. "A meu ver, fora a Brawn GP, somos competitivos, mas devemos trabalhar para aperfeiçoar o carro. A solução para a Malásia (o próximo GP)? Trabalhar ainda mais duro!".
O desempnho da McLaren-Mercedes também poderiam ser bem ruim se o campeão britânico Lewis Hamilton, que largou em 18o., não tivesse se aproximado pouco a pouco dos líderes. Ele terminou em terceiro.
"Nossa estratégia foi perfeita e a equipe fez um trabalho fantástico. Eu fiz uma de minhas melhores provas. Pilotei de coração aberto. Estou totalmente satisfeito. Quero parabenizar o Jenson. Ele pilotou brilhantemente. Sua equipe e ele mereceram a vitória", declarou o atual campeão.
O segundo incidente maior da corrida ocorreu a três voltas do final, envolvendo Kubica e Vettel e obrigando o 'safety-car' a entrar em pista novamente.
O italiano Jarno Trulli (Toyota) terminou a corrida em terceiro, mas foi punido por ultrapassar o britânico Lewis Hamilton (McLaren) com o ?safety-car? na pista. Assim, o atual campeão mundial completou o pódio e o italiano caiu para o 12º lugar.
Timo Glock (|Toyota), Fernando Alonso (Renault), Nico Rosberg (Williams), Sebastien Buemi (Toro Rosso) e Sebastien Bourdais (Toro Rosso) completaram a zona de pontuação.
O brasileiro Nelsinho Piquet (Renault) também não completou a prova.
A próxima etapa do Mundial de Fórmula 1 será disputada no próximo fim de semana na Malásia.
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