11 de nov. de 2009

APADRINHADOS POLÍTICOS E SUSPEITOS: QUEM MANDA NA ENERGIA?


12 de novembro de 2009

Revista Veja

Três dos quatro principais nomes que estão no comando de toda a estrutura energética do Brasil são políticos ligados ao PMDB. As indicações para os cargos resultam da política de aliança do governo Lula, com o objetivo de manter o partido do presidente do Senado, José Sarney, na base aliada. Desde Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, até o presidente da Furnas Centrais Elétricas, Carlos Nadalutti Filho, todos passam por apadrinhamentos políticos e, em muitos casos, também são investigados por corrupção. Confira os casos.

Edison Lobão
Ministro de Minas e Energia desde janeiro de 2008. Governador do Maranhão de 1991 a 1994, ligado ao grupo de José Sarney (PMDB). Com a extinção do PFL, seu partido até 2007, Lobão migrou para os Democratas (DEM), mas logo atendeu às conveniências políticas de seu estado e ingressou no PMDB para ser nomeado ministro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O assessor de comunicação de Lobão, Antônio Carlos Lima, foi exonerado em 2009 do cargo, pois aparecia no esquema de desvio de recursos da Petrobras pela Fundação José Sarney no Maranhão.
Carlos Nadalutti Filho

Diretor–presidente da Furnas Centrais Elétricas desde outubro de 2008. Engenheiro de carreira da empresa (desde 1980) e especialista em operações, Nadalutti Filho foi nomeado para o cargo por indicação do PMDB, para substituir Luiz Paulo Conde – também indicado pela partido de José Sarney –que pediu afastamento por motivos de saúde.

Jorge Miguel Samek

Presidente da usina hidrelétrica de Itaipu desde 2003. Formado em engenharia agrônoma, Samek foi eleito deputado federal pelo PT em 2002, cargo que teve que renunciar ao ser convidado pelo presidente Lula para presidir Itaipu. Dentre seus outros cargos políticos, já ocupou a chefia de gabinete da Secretaria de Agricultura no governo paranaense de José Richa (PSDB), e foi secretário de Abastecimento de Curitiba e presidente da Ceasa na gestão do então prefeito da capital do Paraná, Roberto Requião.

Silas Rondeau

Foi ministro de Minas e Energia, indicado pelo presidente Lula, até 2007. Aliado de José Sarney (PMDB), o engenheiro eletricista saiu do cargo devido a denúncias de corrupção, acusado de envolvimento com a chamada máfia das obras, quadrilha que fraudava licitações de obras públicas. Conversas interceptadas pela Polícia Federal em 2009 mostram que Rondeau e o filho mais velho de Sarney, Fernando, ditam compromissos para o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e para seus assessores e secretárias. Entre as ordens, marcam e cancelam reuniões do ministro sem avisá-lo previamente, orientam Lobão sobre o que dizer a empresários que irá receber, falam de nomeações no governo e discutem contratos que acabariam assinados pelo ministério.

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