Os boatos de que Paul McCartney teria morrido em um acidente em 1966, reforçados pela famosa capa do disco Abbey Road, de 1969, fizeram com que o cantor passasse por inúmeras situações inusitadas. Ele contou ao jornal britânico Telegraph que as pessoas frequentemente encontravam formas de verificar se ele era o verdadeiro Paul ou apenas um impostor.
"Eu acho que a pior coisa era quando alguém se aproximava de mim e me analisava bem de perto, pensando 'será que as orelhas dele sempre foram assim?'", disse o cantor.
No ano de 1966, os Beatles resolveram interromper suas turnês porque estavam encontrando dificuldades em tocar ao vivo os arranjos cada vez mais complexos e inusitados de suas músicas. No mesmo período, Paul sofreu um acidente de moto sem gravidade, mas que foi suficiente para dar força à lenda de que ele teria morrido e, então, substituído por um sósia.
Três anos depois, os Beatles tiraram algumas fotos cruzando uma faixa de pedestres na rua Abbey Road, em Londres. A foto mostra John, Ringo, Paul e George cruzando em fila indiana a rua iluminada, onde se destaca um fusca branco estacionado à esquerda. Na imagem, McCartney aparece de terno escuro, descalço - como os mortos são enterrados na Grã-Bretanha -, e sem fazer o mesmo passo dos colegas.
A capa do disco serviu para reforçar os boatos, que passaram a dizer que a cena representaria uma procissão fúnebre na qual McCartney seria o morto; Lennon (de terno branco), o sacerdote; Starr (terno negro), o agente funerário; e Harrison (de camisa e calças jeans), o coveiro.
Paul falou sobre os boatos em uma entrevista em outubro passado. Ele disse que foi divertido, mas ridículo. "As pessoas inventam uma história e depois você se vê obrigado a lidar com isso. Eu sei porque eu tinha os pés descalços. Eu havia chutado as minhas sandálias".
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