'Crânio de cristal' de Paris é falso, para a frustração de Indiana Jones
PARIS (AFP) - A escultura de cristal asteca conhecida como "Crânio de Paris" e pertencente à coleção do Museu de Quai Branly é uma falsificação realizada no século XIX, informaram cientistas, o que faz com que o diretor Steven Spielberg possa ter enviado Indiana Jones em busca de uma relíquia falsa.
Em 2007, o Museu de Quai Branly encarregou o Centro de Pesquisas dos Museus da França (C2RMF) de analisar a peça, cuja autenticidade é questionada há tempos.
A conclusão dos cientistas é que se trata de uma criação da segunda metade do século XIX.
"A peça não é pré-colombiana, com certeza, apresenta indícios de abrasão realizados com ferramentas modernas", afirmaram Thomas Calligaro e Yvan Coquinot, do C2RMF.
Ao ser analisada mediante um acelerador de partículas, se observa nela uma "película hidratada" (camada de água que penetrou no quartzo), que data do século XIX.
Coincidindo com a estréia do filme "Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull" (Indiana Jones e o reino do Crânio de Cristal), que será apresentada em maio no Festival de Cannes, o Museu de Quai Branly vai expor a peça a partir de 20 de maio, deixando claro que ainda não se sabe com certeza se é uma falsificação.
O Crânio de Paris, escultura de quartzo de grande pureza, com 11 cm de altura e 2,5 kg de peso, é uma das doze peças do mesmo tipo que se encontram espalhados pelo mundo.
Esses crânios de cristal apareceram no mercado de arte europeu no século XIX, apresentados como esculturas pré-colombinas, e provocaram uma curiosidade e um fascínio sem precedentes no mundo da arqueologia.
No total seriam doze em todo o mundo, o que falta saber é se a nova aventura de Indiana Jones não diz respeito à caveira de número 13, que existiria, segundo a lenda, e que, de acordo com o quarto filme da célebre saga de Spielberg, estaria mantida guardada sob sete chaves.
Ainda de acordo com a lenda, os 12 crânios corresponderiam aos 12 mundos habitados com vida humana. Os Itzas, vindos da Atlântida, os trouxeram à Terra e os entregaram aos homens, junto com seus conhecimentos.
No entanto, a Terra, o mais jovem dos mundos habitados por humanos, também teria um crânio, o décimo terceiro. Todos eles foram guardados em uma pirâmide sucessivamente pelos olmecas, maias e aztecas.
Estes teriam sido responsáveis pela disseminação, segundo a lenda que afirma que, caso reunidas, as 13 caveiras teriam poderes maravilhosos, inclusive o de parar o mundo, se alinhadas no último dia do calendário maia, em 12 de dezembro de habitaram 2012. Esta é uma lenda que tem tudo a ver com as proezas do doutor Jones, o arqueólogo aventureiro.
Mas a realidade científica está muito distante da lenda.
O Museu de Quai Branly também informa que outra caveira de cristal, a que pertence ao British Museum de Londres, foi submetida a uma série de analises em 1996 e 2004 e que, apesar das conclusões dessas análises não terem sido publicadas, se sabe que elas tendem ser falsificadas.
A peça em questão teria sido fabricada no sul da Alemanha entre 1867 e 1886 utilizando cristal de rocha brasileiro.
PARIS (AFP) - A escultura de cristal asteca conhecida como "Crânio de Paris" e pertencente à coleção do Museu de Quai Branly é uma falsificação realizada no século XIX, informaram cientistas, o que faz com que o diretor Steven Spielberg possa ter enviado Indiana Jones em busca de uma relíquia falsa.
Em 2007, o Museu de Quai Branly encarregou o Centro de Pesquisas dos Museus da França (C2RMF) de analisar a peça, cuja autenticidade é questionada há tempos.
A conclusão dos cientistas é que se trata de uma criação da segunda metade do século XIX.
"A peça não é pré-colombiana, com certeza, apresenta indícios de abrasão realizados com ferramentas modernas", afirmaram Thomas Calligaro e Yvan Coquinot, do C2RMF.
Ao ser analisada mediante um acelerador de partículas, se observa nela uma "película hidratada" (camada de água que penetrou no quartzo), que data do século XIX.
Coincidindo com a estréia do filme "Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull" (Indiana Jones e o reino do Crânio de Cristal), que será apresentada em maio no Festival de Cannes, o Museu de Quai Branly vai expor a peça a partir de 20 de maio, deixando claro que ainda não se sabe com certeza se é uma falsificação.
O Crânio de Paris, escultura de quartzo de grande pureza, com 11 cm de altura e 2,5 kg de peso, é uma das doze peças do mesmo tipo que se encontram espalhados pelo mundo.
Esses crânios de cristal apareceram no mercado de arte europeu no século XIX, apresentados como esculturas pré-colombinas, e provocaram uma curiosidade e um fascínio sem precedentes no mundo da arqueologia.
No total seriam doze em todo o mundo, o que falta saber é se a nova aventura de Indiana Jones não diz respeito à caveira de número 13, que existiria, segundo a lenda, e que, de acordo com o quarto filme da célebre saga de Spielberg, estaria mantida guardada sob sete chaves.
Ainda de acordo com a lenda, os 12 crânios corresponderiam aos 12 mundos habitados com vida humana. Os Itzas, vindos da Atlântida, os trouxeram à Terra e os entregaram aos homens, junto com seus conhecimentos.
No entanto, a Terra, o mais jovem dos mundos habitados por humanos, também teria um crânio, o décimo terceiro. Todos eles foram guardados em uma pirâmide sucessivamente pelos olmecas, maias e aztecas.
Estes teriam sido responsáveis pela disseminação, segundo a lenda que afirma que, caso reunidas, as 13 caveiras teriam poderes maravilhosos, inclusive o de parar o mundo, se alinhadas no último dia do calendário maia, em 12 de dezembro de habitaram 2012. Esta é uma lenda que tem tudo a ver com as proezas do doutor Jones, o arqueólogo aventureiro.
Mas a realidade científica está muito distante da lenda.
O Museu de Quai Branly também informa que outra caveira de cristal, a que pertence ao British Museum de Londres, foi submetida a uma série de analises em 1996 e 2004 e que, apesar das conclusões dessas análises não terem sido publicadas, se sabe que elas tendem ser falsificadas.
A peça em questão teria sido fabricada no sul da Alemanha entre 1867 e 1886 utilizando cristal de rocha brasileiro.
POSTADO POR HELIO RUBIALES
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