Celular se consolida como meio de pagamento no Brasil
(Agência Estado)
O uso do telefone celular como meio de pagamento já é uma realidade no Brasil. Além de permitir operações bancárias completas, os aparelhos dos correntistas agora são capazes de micropagamentos. Aplicativos instalados no celular fazem a conexão com terminais de ponto de venda e os sistemas dos bancos e processadoras de cartão de crédito e débito, de forma que o consumidor possa autorizar a compra.
Tanto bancos quanto operadoras vão ao varejo cadastrar estabelecimentos para seus serviços de pagamento móvel. A Oi, que lançou há um ano o Oi Paggo, afirma ter 29 mil estabelecimentos e em torno de 1 milhão de usuários cadastrados no serviço, que faz do celular um substituto ao cartão. Outra opção no mercado é o MCash, oferecido em parceria com o HSBC e redes varejistas virtuais e físicas, para desconto da despesa na conta bancária do consumidor. Há também iniciativas no comércio, como a rede de cinemas Cinemark, que em parceria com a Motorola, aceita ingressos por celular. Coletores de dados no guichê identificam o código de barras exibido no visor dos aparelhos dos cinéfilos que previamente foram à internet adquirir os ingressos - que até então tinham de ser apresentados na forma impressa. O projeto abrange 26 cinemas no Brasil.
A iniciativa mais recente em m-payment e que já nasce com uma base grande de usuários, é do Banco do Brasil, de compra não presencial, apenas informando o número do celular do cliente. Um sistema em parceria com a Visanet coloca no terminal do estabelecimento comercial uma opção de pagamento pelo número do celular do consumidor. Assim, o cliente do BB nem precisa estar no local. Pode pagar um disque-pizza a distância, confirmando a despesa ao responder um torpedo. Nessa fase inicial, são 300 estabelecimentos cadastrados em São Paulo e Brasília.
Os serviços de mobile banking são hoje utilizados por cerca de 550 mil correntistas do BB. Eles podem fazer consultas, transferências e pagamento de contas navegando pela tela do celular. Além disso, mensagens de texto (SMS) avisam o cliente de transações com cartões de crédito e débito, para facilitar o controle da conta corrente.
O mobile banking do BB funciona com todas as operadoras móveis e roda em boa parte dos aparelhos celulares, desde que tenham suporte a software Java. Por mês são realizadas cerca de 2 milhões de operações bancárias móveis, sendo que em dezembro o serviço ultrapassou a marca de 3 milhões de operações.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) criou um grupo de trabalho para desenvolver o mercado de pagamentos móveis no Brasil. A entidade aponta como as principais barreiras a esse desenvolvimento a falta de um aplicativo padrão, que rode entre todos os celulares e bancos, e as elevadas tarifas de utilização de SMS. Segurança também é uma preocupação, assim como em toda espécie de operação financeira eletrônica.
Superadas as dificuldades técnicas de integração com os diversos padrões de tecnologia de telefonia móvel e de segurança em transações eletrônicas, o mobile banking é um investimento sem volta. Na avaliação do instituto de pesquisas Gartner, os bancos conseguem reduzir custos e perdas ao encorajar seus clientes a aderirem a serviços self-service digitais.
A conta dessa economia já foi feita no Brasil. De acordo com dados do Banco Central, o custo unitário de um instrumento de pagamento não eletrônico, como um cheque, por exemplo, é de R$ 3,11, ao passo que o de um meio eletrônico fica em torno de R$ 1,46 (dados referentes a 2005). A economia em escala fica atraente quando inserida no universo de 124 milhões de assinantes de telefonia celular no País.
Na avaliação da Febraban, a padronização da infra-estrutura de mobile banking trará escala para viabilizar serviços e parcerias para m-payment. O grupo de trabalho da entidade apresentará proposta de mensageria padrão no Ciab, congresso e exposição de tecnologia da informação para instituições financeiras, em junho. Estará em debate também a figura do Trusted Service Management (TSM), um órgão com a função de distribuir os aplicativos e de compensar as operações entre operadoras móveis e bancos. A proposta é que esse papel seja desempenhado pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).
Com bancos, varejistas e operadoras investindo em transformar o celular em meio de pagamento para compras de até R$ 100 ou R$ 150, o m-payment no Brasil só precisa de ajustes técnicos para decolar. Hoje, o mercado mais popular de m-payment são as Filipinas, onde 85% dos usuários de telefone celular fazem pagamentos móveis. Na África do Sul, paga-se até conta de luz pelo celular. É uma questão de tempo.
(Agência Estado)
O uso do telefone celular como meio de pagamento já é uma realidade no Brasil. Além de permitir operações bancárias completas, os aparelhos dos correntistas agora são capazes de micropagamentos. Aplicativos instalados no celular fazem a conexão com terminais de ponto de venda e os sistemas dos bancos e processadoras de cartão de crédito e débito, de forma que o consumidor possa autorizar a compra.
Tanto bancos quanto operadoras vão ao varejo cadastrar estabelecimentos para seus serviços de pagamento móvel. A Oi, que lançou há um ano o Oi Paggo, afirma ter 29 mil estabelecimentos e em torno de 1 milhão de usuários cadastrados no serviço, que faz do celular um substituto ao cartão. Outra opção no mercado é o MCash, oferecido em parceria com o HSBC e redes varejistas virtuais e físicas, para desconto da despesa na conta bancária do consumidor. Há também iniciativas no comércio, como a rede de cinemas Cinemark, que em parceria com a Motorola, aceita ingressos por celular. Coletores de dados no guichê identificam o código de barras exibido no visor dos aparelhos dos cinéfilos que previamente foram à internet adquirir os ingressos - que até então tinham de ser apresentados na forma impressa. O projeto abrange 26 cinemas no Brasil.
A iniciativa mais recente em m-payment e que já nasce com uma base grande de usuários, é do Banco do Brasil, de compra não presencial, apenas informando o número do celular do cliente. Um sistema em parceria com a Visanet coloca no terminal do estabelecimento comercial uma opção de pagamento pelo número do celular do consumidor. Assim, o cliente do BB nem precisa estar no local. Pode pagar um disque-pizza a distância, confirmando a despesa ao responder um torpedo. Nessa fase inicial, são 300 estabelecimentos cadastrados em São Paulo e Brasília.
Os serviços de mobile banking são hoje utilizados por cerca de 550 mil correntistas do BB. Eles podem fazer consultas, transferências e pagamento de contas navegando pela tela do celular. Além disso, mensagens de texto (SMS) avisam o cliente de transações com cartões de crédito e débito, para facilitar o controle da conta corrente.
O mobile banking do BB funciona com todas as operadoras móveis e roda em boa parte dos aparelhos celulares, desde que tenham suporte a software Java. Por mês são realizadas cerca de 2 milhões de operações bancárias móveis, sendo que em dezembro o serviço ultrapassou a marca de 3 milhões de operações.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) criou um grupo de trabalho para desenvolver o mercado de pagamentos móveis no Brasil. A entidade aponta como as principais barreiras a esse desenvolvimento a falta de um aplicativo padrão, que rode entre todos os celulares e bancos, e as elevadas tarifas de utilização de SMS. Segurança também é uma preocupação, assim como em toda espécie de operação financeira eletrônica.
Superadas as dificuldades técnicas de integração com os diversos padrões de tecnologia de telefonia móvel e de segurança em transações eletrônicas, o mobile banking é um investimento sem volta. Na avaliação do instituto de pesquisas Gartner, os bancos conseguem reduzir custos e perdas ao encorajar seus clientes a aderirem a serviços self-service digitais.
A conta dessa economia já foi feita no Brasil. De acordo com dados do Banco Central, o custo unitário de um instrumento de pagamento não eletrônico, como um cheque, por exemplo, é de R$ 3,11, ao passo que o de um meio eletrônico fica em torno de R$ 1,46 (dados referentes a 2005). A economia em escala fica atraente quando inserida no universo de 124 milhões de assinantes de telefonia celular no País.
Na avaliação da Febraban, a padronização da infra-estrutura de mobile banking trará escala para viabilizar serviços e parcerias para m-payment. O grupo de trabalho da entidade apresentará proposta de mensageria padrão no Ciab, congresso e exposição de tecnologia da informação para instituições financeiras, em junho. Estará em debate também a figura do Trusted Service Management (TSM), um órgão com a função de distribuir os aplicativos e de compensar as operações entre operadoras móveis e bancos. A proposta é que esse papel seja desempenhado pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).
Com bancos, varejistas e operadoras investindo em transformar o celular em meio de pagamento para compras de até R$ 100 ou R$ 150, o m-payment no Brasil só precisa de ajustes técnicos para decolar. Hoje, o mercado mais popular de m-payment são as Filipinas, onde 85% dos usuários de telefone celular fazem pagamentos móveis. Na África do Sul, paga-se até conta de luz pelo celular. É uma questão de tempo.
Postado por hrubiales
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