Projeto conceitual: o robô-computador de Maciel Barreto nasceu de uma ilustração no Photoshop. (Foto: Renato Bueno/G1)
'Tuning' de computadores leva máquinas exóticas à Campus Party
Área de 'modding' reúne os exemplares 'tunados' no evento.
Especialistas superam barreiras para criar máquinas estilizadas.
Renato Bueno
Do G1, em São Paulo
A área de “modding” na Campus Party é o espaço destinado aos computadores modificados. São cordões de neon, refrigeração líquida, gabinetes gigantescos, painéis de controle e, claro, improvisos na medida certa para aliar a arte à tecnologia.
Um rápido passeio por essa área revela projetos peculiares, cada um com sua particularidade, mas com algo em comum: eles foram criados, em muitos casos, exclusivamente para o evento. Assim como em 2008, serão premiados os computadores modificados que mais se destacarem.
Dono de dois prêmios em “modding” na primeira edição da Campus Party Brasil, Maciel Barreto conseguiu patrocínio e montou uma nova máquina para 2009. O orçamento da produção, que em 2008 era pouco mais de R$ 1 mil, chegou a R$ 9 mil com o computador-robô “Morphiu's”.
Projeto conceitual: o robô-computador de Maciel Barreto nasceu de uma ilustração no Photoshop. (Foto: Renato Bueno/G1)
O projeto nasceu de uma ilustração feita por Maciel no Photoshop e virou realidade com modelagem em acrílico e fibra de vidro. O visual futurista da máquina esconde um computador comum, sem exageros de configuração. Um dos obstáculos, diz Maciel, foi trazer o computador desde Itajuípe, Bahia, até São Paulo. “Ficou grande, mas ao mesmo tempo leve”, explica.
Os traços regionais também aparecem em computadores mais “simples”. Jader França revestiu seu PC com um mosaico que traz as bandeiras do Brasil e da Paraíba, além de uma placa de acrílico com motivos que lembram o sertão. “A máquina ficou pronta na quinta-feira, às vésperas da Campus Party”, conta ele. Jader teve a ajuda de um amigo e explica que fez modificações para melhorar a refrigeração da máquina.
Quem também teve ajuda de um amigo foi Omar Majzoub, que, depois de participar da Campus Party 2008, decidiu criar seu primeiro “casemod”. "Não é todo dia que você vê um computador de madeira", diz ele sobre a ideia inicial do projeto. Omar contou com a ajuda de um amigo, marceneiro, para projetar o gabinete “gigante”, com estrutura de madeira. “Ele tem as máquinas adequadas, e nunca ficaria assim se eu cortasse com serrote", explica.
Omar optou por um gabinete de madeira; máquina pesa de 35 a 40 kg. (Foto: Renato Bueno/G1
O computador de Omar tem refrigeração líquida, diversas ventoinhas e laterais transparentes, que dão a visão do interior. O mais difícil, diz ele, foi conciliar a madeira com as peças hi-tech: “A madeira não é como o metal, precisa ser perfeito". O peso disso tudo? No bolso, mais de R$ 1 mil. Na balança, de 35 a 40 kg. Para quem pretende começar a modificar computadores, Omar dá a dica: comunidades e fóruns na internet têm bastante material de referência, como fotos e instruções.
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