31 de jan. de 2009

VINHO TINTO: O PREFERIDO

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já falamos de espumantes, de brancos, de roses e agora é chegada a vez dos tintos
Marcia Gombos

Os vinhos tintos são produzidos com uvas de casca escura, sendo a Cabernet Sauvignon, a de maior adaptabilidade e grande concentração de taninos¹ (presença obrigatória para garantir corpo, estrutura, longevidade e expressão nos vinhos tintos).

O processo de produção segue a partir do recebimento das uvas na cantina. Elas são desengaçadas² e prensadas para que a polpa e as cascas se separem. Ambas são levadas à tanques de inox para que a fermentação alcoólica aconteça.

O líquido age sobre as cascas como um solvente, retirando delas cor e algumas de suas propriedades. A intensidade da cor está diretamente ligada ao tipo de uva utilizado e ao tempo de contato com as cascas durante a fermentação.

Ao término do processo, várias substâncias químicas se formaram combinando-se a outras, daí o porque de encontrarmos aromas de morangos, cerejas, pimentão, canela, framboesas e outros, embora haja apenas uvas na composição.

Alguns vinhos tintos passam um período em barricas de carvalho ficando mais afinados, ganhando aromas típicos da madeira como chocolate, baunilha, “toffee”, etc, além de se tornarem ainda mais preparados para a guarda³.

Os tintos são os companheiros ideais para pratos principais, contudo, dificilmente, se harmonizam com os demais em decorrência de sua estrutura. Ainda assim eles são os mais procurados nas prateleiras e adegas das importadoras.

Sua cor apresenta-se de modo oposto ao que acontece com os brancos, passando de tons intensos e profundos quando jovens aos mais claros ao envelhecerem (variação de rubi violáceo profundo ao acastanhado). Os clássicos vinhos de Bordeaux de uma safra excepcional, podem envelhecer por muitos e muitos anos, aumentando assim seu valor.

Além de um verdadeiro “investimento financeiro”, os apreciadores desta categoria de vinhos, empregam todo um cerimonial, um ritual para o momento supremo de degustar essas joias raras. Bem, seja jovem ou de muitos anos de guarda, o vinho tinto já provou ser imbatível e o rei absoluto na preferência, quiçá, mundial.

DICAS: Isla Negra Cabernet e Carmenere/Chile; Catena Zapata Malbec/Argentina; Chateau Kefraya/Líbano.

¹ substância natural encontrada no vinho, essencial para a estrutura dos tintos e que garantem longevidade, de acordo com a proposta vinícola. É derivado principalmente das cascas e sementes. Dá uma sensação de adstringência, principalmente quando o vinho é jovem;

² Separação das uvas dos talos que as prendem ao caule da videira;

³ Vinhos preparados para serem consumidos após algum tempo de guarda que varia de acordo com seu potencial, alguns chegam a 40 ANOS OU MAIS.
Marcia Gombo

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