27 de jan. de 2009

ENDIVIDADO, E AGORA?


Endividado? Veja oito passos para se ver livre das dívidas em 200
Presentes de Natal, roupa nova para o ano novo, viagem de férias, IPVA, IPTU, matrícula da escola dos filhos, material escolar, reservas para o carnaval...O primeiro mês de 2009 ainda nem acabou e muita gente já está atolada em dívidas. Para se ver livre das indesejadas de uma vez por todas, veja as dicas a seguir.

De acordo com o professor coordenador do curso de economia da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), José Geraldo Soares Melo, a primeira providência a tomar é fazer uma lista com todas as dívidas, para ter clareza do quanto e em que a pessoa está devendo.

Feito isso, o próximo e segundo passo é verificar a carga de juros que incide sobre cada débito. "Muitas vezes, as pessoas pagam em juros mais da metade ou o dobro do valor daquilo que comprou. Calcular os juros, especialmente antes das compras, é uma atitude que deve se tornar hábito", argumenta o professor.

Pagamento

Assim que tomar ciência de tudo o que deve, a terceira medida é partir para a renegociação. Melo alerta que, na intenção de receber o montante devido, grande parte dos credores renegociam os juros, o que pode significar uma redução de até 50%.

A partir daí, no quarto passo, o endividado deve tomar uma decisão muito importante: procurar uma linha de crédito com juros menores do que os das contas que ele já está pagando e assim substituir várias dívidas por uma. Contudo, diz ele, esta não é uma tarefa fácil.

Além disso, o endividado pode optar pela venda de um bem, como um carro, por exemplo, para quitar os débitos e financiar outro com juros bem menores, o que, segundo o professor, é o mais indicado.

Ou ainda, na impossibilidade das duas alternativas anteriores, fazer uma readequação do orçamento e ir se livrando das dívidas aos poucos, priorizando aquelas com juros maiores e as essenciais (contas de água, luz, entre outras).

Pagou? E agora?

Bom, a partir do momento que a pessoa está conseguindo honrar seus compromissos ou mesmo quitou totalmente os seus débitos, vem o quinto e mais importante passo: tomar consciência do seu real padrão socioeconômico.

"Em primeiro lugar, a pessoa tem que entender que ela gasta mais que sua renda. Então, ela deve se reestruturar e passar a ter um padrão de vida condizente com o seu orçamento, cortando os gastos excessivos e substituindo serviços e produtos, quando necessário", diz o professor.

Neste sentido, Melo ainda aconselha que a pessoa tome três providências:

Faça um orçamento doméstico. Anote todo e qualquer gasto. Saber para onde está indo o seu dinheiro é muito importante para entender o que é supérfluo ou não;
Não compre nada a prazo. Poupe e pague à vista. Os juros das compras parceladas são altos e, na maioria das vezes, o valor total a prazo daria para comprar dois produtos à vista;
Resista às tentações. Compras por impulso são um veneno para o orçamento doméstico. "Se der vontade de comprar, pare, respire e só compre depois de três dias. Se for algo que a pessoa não precisa, ela se esquecerá do objeto desejado antes deste período", diz o professor.

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